A TV Globo exibe o filme Histórias Cruzadas neste sábado (12/09), no Supercine. A produção deve ter bom desempenho de audiência, uma vez que foi bastante elogiada e até rendeu uma indicação ao Oscar para Viola Davis, intérprete de Aibileen Clark no longa. O que pouca gente sabe, no entanto, é que a atriz se arrepende do papel.

Histórias Cruzadas (2011), dirigido por Tate Taylor: nos anos 60, no Mississippi, Skeeter é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark, a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesõesDale Robinette/DreamWorks

Produções da Netflix lançam luz sobre à problemática do racismo Netflix/Reprodução

Ela interpreta a advogada Annalise na série How To Get Away With MurderABC/Divulgação

Viola Davis de Armani PrivéGetty Images

Os flashbacks do casamento dos Rawlings podem chocar o público mais conservador: não só é um retrato do romance entre pessoas de meia-idade, mas trata-se de um casal interracialTWENTIETH CENTURY FOX/DIVULGAÇÃO

Ela tem 54 anosFrazer Harrison/Getty Images
“Não há ninguém que não fique entretido com Histórias Cruzadas. Mas há uma parte de mim que parece ter me traído, e meu povo, porque eu estava em um filme que não estava pronto para [contar toda a verdade]”, disse a atriz à Vanity Fair em entrevista neste ano. Em 2018, ao New York Times, ela falou mais sobre a sua insatisfação com o trabalho.
“Já tive trabalhos dos quais me arrependi e Histórias Cruzadas está nessa lista. Mas não em termos de experiência e pessoas envolvidas, porque eles foram todos ótimos. As amizades que formei são daquelas que levarei para o resto da minha vida”, disse ela.
“Eu apenas senti que, ao fim do dia, não eram as vozes das empregadas que estavam sendo ouvidas. Eu conheço Aibileen. Eu conheço Minny. Elas eram minha avó. Elas eram a minha mãe”, continuou. “E eu sei que se você faz um filme assim a primeira coisa a fazer é ‘eu quero saber como era trabalhar para pessoas brancas e criar filhos em 1963’, ‘eu quero ouvir como você realmente sente sobre isso’. Eu nunca ouvi isso durante a produção do filme”, justificou.