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Rodoviários da Marechal cruzam os braços e deixam passageiros sem ônibus

Motoristas e cobradores receberam só 82% dos vencimentos e paralisaram os serviços em Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras e Vicente Pires

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
paralisação dos rodoviários, DF sem ônibus
1 de 1 paralisação dos rodoviários, DF sem ônibus - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Rodoviários da empresa Marechal paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (6/10). Motoristas e cobradores cruzaram os braços como forma de protesto devido ao atraso no pagamento dos salários. Ao todo, apenas 82% dos vencimentos foram quitados pela empresa. As regiões afetadas são Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras, Vicente Pires e Estrutural.

A Marechal tem 464 ônibus no Distrito Federal. Destes, 210 estão parados no terminal de Samambaia, e 254, em Ceilândia. São cerca de 2 mil trabalhadores da empresa e 70 mil passageiros sem transporte. Com a paralisação, paradas de ônibus estão lotadas em algumas cidades.

Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, os empregados ficarão com os braços cruzados por tempo indeterminado. “Nós fizemos uma série de reuniões e conseguimos evitar que um número maior de empresas deixasse de pagar os salários aos funcionários.  No entanto, a Marechal não conseguiu honrar o compromisso de pagar a totalidade dos vencimentos. Vamos permanecer negociando para que os salários sejam quitados. Somente assim o serviço será normalizado”, disse.

De acordo com a Marechal, a crise causada pelo novo coronavírus reduziu em cerca de 60% o número de passageiros transportados, mas a empresa garante ter continuado operando com 100% da frota desde o início da pandemia. Informa ainda que não reduziu salários ou suspendeu contratos, “mantendo todos os postos de trabalho sem nenhuma demissão”.

“A Marechal continuará fazendo todos os esforços para cumprir os compromissos com seus colaboradores, fornecedores e prestadores de serviço, além do pagamento de todos os impostos, porém ainda não foi encontrada solução definitiva para a sustentabilidade”, informou a empresa, em nota.

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No dia 21 de setembro, trabalhadores da empresa também cruzaram os braços pelos mesmos motivos.

 

 

 

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