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“Só deu essa repercussão por causa da camisa do Bolsonaro”, diz sargento que ameaçou programador com arma

Na versão do militar, ele foi agredido primeiro e pediu que as “pessoas não o condenem sem ouvir o outro lado”

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
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1 de 1 foto homem - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Guilherme Marques Filho (foto em destaque), o 1º sargento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) acusado de assediar uma mulher e depois agredir e ameaçar atirar no programador Jair Aksin Reis Canhête, 25 anos, afirmou que toda a confusão aconteceu por ele estar usando uma camisa com a foto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O militar disse que irá à delegacia neste domingo (20/12) para registrar ocorrência contra o rapaz. Em vídeo que rodou o país, o bombeiro aparece de arma em punho, gritando e dando dois tapas em Jair, que não reage.

“Todo mundo está vendo só um lado da moeda”, disse em entrevista ao Metrópoles. Na versão de Marques Filho, o jovem o encarava desde a entrada no Metrô e assegura que não assediou mulher alguma. “Apenas dei bom dia para uma moça. Fui agredido primeiro e minha atitude contra ele não foi por acaso”, garante.

Em relação aos insultos que têm recebido nas redes sociais após o caso, ele alegou: “Só deu essa repercussão por causa da camisa do Bolsonaro”.

O caso

O episódio ocorreu nessa sexta-feira (18/12) na Estação do Metrô Praça do Relógio, em Taguatinga. Tudo começou após o rapaz pedir que Marques Filho parasse de assediar uma mulher no Metrô. O militar teria passado a mão nas costas dela.

Como resposta, o 1º sargento esboçou sacar uma pistola que levava na cintura, mas os seguranças do Metrô conseguiram apaziguá-lo e pediram para que Jair esperasse o bombeiro ir embora, a fim de evitar confusão. No entanto, ao sair da estação, Marques Filho estava esperando pelo programador.

Assustado, o rapaz correu para se refugiar dentro de uma loja especializada na venda de peixes e aquários. “Tentei me posicionar próximo a câmeras de segurança para, pelo menos, ficar registrado que ele poderia me matar. Por sorte, ele puxou a arma, me agrediu, mas não apertou o gatilho”, desabafou.

Em pânico, funcionários do estabelecimento acompanharam as ameaças. Logo após agredir o rapaz, o homem deixou o local. Jair registrou ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) e aguarda um desfecho sobre caso. “É uma sensação muito ruim de impotência, pois esse homem havia assediado uma moça dentro do Metrô. Espero que as autoridades tomem uma providência enérgica”, finalizou.

Em nota, o CBMDF afirmou que a Corregedoria vai instaurar um processo administrativo para apurar o caso. Ainda segundo os bombeiros, atualmente, Marques Filho trabalha em setores administrativos.

Veja as agressões:

 

 

 

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