metropoles.com

Servidores são contra adesão do DF à PEC emergencial

O clima entre categorias e Palácio do Buriti azedou: sindicatos planejam entrar na Justiça e deflagrar paralisações se GDF aderir ao projeto

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Assembleia servidores professores
1 de 1 Assembleia servidores professores - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os servidores públicos entraram em estado de alerta após o Governo do Distrito Federal (GDF) mostrar a intenção de aderir à PEC emergencial, proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). O Metrópoles noticiou em primeira mão a posição do Palácio do Buriti a respeito do projeto do Palácio do Planalto, capaz de reduzir salários e jornadas de trabalho no funcionalismo público.

O clima entre as categorias e o Palácio do Buriti azedou. Servidores falam de paralisações e judicialização, caso o governador Ibaneis Rocha (MDB) siga em marcha na direção da PEC. Os sindicatos foram surpreendidos, pois, nas últimas semanas, o GDF anunciou medidas simpáticas ao funcionalismo, como o lançamento de plano de saúde e a negociação de reajustes em 2020.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta), Ibrahim Yusef, a eventual adesão do GDF vai “levar o caos” para Brasília. “Péssima notícia. A redução da carga horária acaba onerando mais o Estado. Por acaso vão diminuir o atendimento à população? Creio que não”, pontuou.

Yusef prevê uma guerra jurídica. “O edital do concurso tinha carga horária e salário definido. A regra muda no meio do jogo? Vão tirar direito adquirido? A discussão vai acabar no colo do Supremo Tribunal Federal (STF)”, antecipou.

O sindicalista também vê com preocupação a liberação de recursos de fundos, defendida pelo governo de Jair Bolsonaro. O maior receio seria o uso dos recursos do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev-DF). Nas palavras do presidente do Sindireta, a mudança proposta pelo Palácio do Planalto é um submarino com capacidade para torpedear aposentadorias e pensões.

“Neoliberal”

Do ponto de vista da diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa, a PEC é, na verdade, parte de uma política de “massacre” do Estado, inclusive da educação pública. Para ela, os servidores sempre perdem, enquanto empresários e investidores são beneficiados. A sindicalista diz que é lamentável o GDF apostar no caminho “neoliberal”.

Vamos dispensar os alunos? Eles vão deixar de frequentar a escola? Não tem como reduzir nossa carga horária. Pensar nesse tipo de redução não ataca só o servidor. Está retirando direito das nossas crianças e jovens.

Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro

O presidente do Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, classifica a eventual adesão do DF como “desastre”. Nesse sentido, destacou o papel dos servidores na economia da cidade, dizendo que o funcionalismo é grande consumidor e gerador de empregos.

“Vamos reagir de todas as formas possíveis. Este é mais um exemplo da postura do GDF: de hostilidade e precarização do serviço público. Não concede aumento, previstos em lei, direitos dos servidores, ameaça e terceiriza”, cravou Fialho. O sindicalista também destaca a falta de transparência nas contas públicas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?