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Milionários: seis candidatos já torraram mais de R$ 1 milhão no DF

O campeão de gastos é o governador Rodrigo Rollemberg, que investiu 3.682.569,05, a maior parte para veiculação das propagandas na TV

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rogrigo Rollemberg
1 de 1 Rogrigo Rollemberg - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

As contas de campanhas de 2018 estão mais limitadas do que as dos pleitos anteriores. Isso porque a legislação eleitoral trouxe uma série de restrições e barreiras aos candidatos. Mesmo assim, alguns nomes do Distrito Federal não estão poupando na tentativa de uma vitória nas eleições. Seis postulantes da cidade ultrapassaram a marca de R$ 1 milhão, conforme as declarações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O campeão de gastos disputa a reeleição ao Governo do Distrito Federal. Além de ter a máquina pública nas mãos, Rodrigo Rollemberg (PSB) dispõe dos maiores investimentos até o momento. Ele declarou, até o dia 13 de setembro, ter investido R$ 3.682.569,05 na campanha. As maiores despesas foram para as propagandas na televisão e rádio, que custaram pelo menos R$ 1.770.000,00.

O gestor também é o principal arrecadador do DF, mas as contas declaradas dele estão no vermelho, uma vez que o socialista afirmou ao TSE ter recebido R$ 3.059.948,01. Os principais financiadores dele são as legendas da chapa. O PSB repassou R$ 2.820.000,00, enquanto o Partido Verde, do vice Eduardo Brandão, R$ 218.548,01.

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O segundo candidato com mais despesas é também o buritizável mais endinheirado. O advogado Ibaneis Rocha (MDB) tem uma fortuna de R$ 94.100.602,57 declarada ao TSE, e prometeu investir R$ 5,6 milhões na própria campanha. Aliás, esse é o limite de gastos impostos pela Justiça aos concorrentes ao Palácio do Buriti.

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Até o momento, o emedebista desembolsou R$ 1.766.912,41 na tentativa de ir para o segundo turno. Além dos vídeos para TV e internet, chamam atenção os gastos com combustível (R$ 150.000,00), pesquisa eleitoral (R$ 150.000,00) e militância na rua (R$ 143.947,18). No entanto, talvez a despesa mais inusitada para uma campanha seja com uma esponja na qual o advogado pagou R$ 2,50.

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Deputado federal
A primeira postulante não-buritizável no ranking dos milionários é a ex-presidente da Câmara Legislativa Celina Leão (PP). Ela diz ter investido R$ 1.587.295,44 na busca por uma vaga de deputada federal. E como o tempo de TV dela é bem menor do que os anteriores, a sua aposta é mesmo nas pessoas da equipe. A distrital pagou R$ 753.771,50 a cabos eleitorais e aos coordenadores da campanha.

Celina recebeu R$ 1,5 milhão da direção nacional do partido, mas de acordo com a prestação de contas, ainda faltam R$ 32.345,44 para ela conseguir quitar todos os débitos divulgados até aqui.

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Izalci Lucas (PSDB) até tentou concorrer ao GDF, mas os arranjos políticos o fizeram optar mesmo pela disputa a uma das duas vagas do Senado Federal. O tucano não tem medido esforços para tentar provar que teria cacife para qualquer desafio e colocou em jogo R$ 1.488.760,99.

O deputado tem um importante investidor. Dos R$ 2.058.000,00 recebidos, 51% foram repassados pelo seu primeiro suplente, o advogado Luis Felipe Belmonte (PSDB). Além de ter colocado R$ 1 milhão na divulgação televisiva, Izalci gastou R$ 190 mil com impressão de cartão PVC.

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Marmitex
O terceiro (e último) buritizável na casa dos milhões, a 20 dias do primeiro turno, é o representante do DEM, Alberto Fraga. O parlamentar licenciado investiu 1.416.904,12, e como os adversários, tem dispendido mais recursos para as propagandas na TV: R$ 600 mil.

Além de precisar sacar R$ 225.545,15 para pagar a militância, o democrata tem declarado o valor utilizado com “marmitex” para a equipe: R$ 43.440,00. A direção nacional do DEM repassou R$ 2,1 milhões ao deputado.

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O mais abastado entre todos os candidatos do Brasil não podia ficar de fora da lista dos milionários. Concorrendo ao Senado, Fernando Marques (Solidariedade) é dono da farmacêutica União Química e tem um patrimônio declarado de R$ 667.953.170,44. Na campanha, ele botou R$ 2 milhões do próprio bolso e gastou R$ 1.401.975,65.

Segundo a prestação de contas do empresário, R$ 210 mil foram utilizados só para “ticket combustível”. Com o montante, é possível adquirir cerca de 46 mil litros de gasolina. Em um carro com consumo médio de 12 quilômetros por litro, por exemplo, seria possível percorrer 552 mil km, ou seja, cerca de 14 voltas ao mundo — cada uma é equivalente a 40 mil km.

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