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Guerra: “Deveria ser proibido falar de reajuste salarial em campanha”

Em entrevista ao Metrópoles, o mais novo entre os 11 candidatos ao Governo do Distrito Federal criticou a atitude de concorrentes

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Alexandre Guerra
1 de 1 Alexandre Guerra - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em entrevista ao Metrópoles, nesta terça-feira (25), o candidato ao Governo do Distrito Federal Alexandre Guerra (Novo) criticou as promessas dos adversários de aumentar a remuneração de servidores públicos. “Deveria ser proibido falar de reajuste salarial em campanha eleitoral”, afirmou.

Segundo o postulante, são legítimos os pedidos de correção, desde que feitos em outros momentos. “Acho errado a gente discutir em período eleitoral essa pressão dos sindicatos para conseguir dos candidatos uma promessa eleitoreira de aumento de salário”, declarou. No entanto, o empresário ressaltou que, em um eventual governo, dará protagonismo ao servidor público e não a “indicados políticos”.

Alexandre Guerra abriu a série de entrevistas do portal. Com 38 anos, ele é o mais jovem entre os 11 concorrentes na disputa ao Palácio do Buriti. O bate-papo com o buritizável teve transmissão ao vivo e foi conduzido pelo jornalista Hélio Doyle.

Assista à entrevista:

Ainda no rol da gestão pública, Alexandre Guerra defendeu a autonomia do chefe do Executivo para nomear administradores regionais. “A gente tem que parar de demagogia. Ali é responsabilidade do governador”, frisou. Ele também falou sobre outras propostas, como a entrega para a Polícia Militar da administração de centros de ensino da rede pública em regiões vulneráveis.

O candidato do Novo aproveitou para condenar as normas sobre a divisão do tempo de rádio e TV entre os partidos políticos. “A legislação atual foi criada pelos políticos que estão aí para fazer com que eles permaneçam”, disparou. Alexandre Guerra dispõe de quatro segundos de exposição.

 

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De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada em 20 de setembro, Alexandre Guerra tem 2% das intenções de voto. O levantamento, encomendado pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, ouviu 914 eleitores de todas as regiões do DF, com 16 anos ou mais, entre 18 e 19 de setembro. A sondagem está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número DF-05089/2018.

Herdeiro da rede de lanchonetes Giraffas, Alexandre disputa sua primeira eleição. Formado em direito, assumiu os negócios da família e a presidência da empresa no lugar de seu pai, Carlos Guerra. O candidato trabalha na rede há 20 anos, na qual foi CEO entre 2012 e 2016. Hoje, integra o Conselho de Administração da organização.

Debate
Nesta segunda-feira (24), Guerra participou do debate promovido pelo Metrópoles com rádios parceiras. Na ocasião, apresentou propostas para enxugar o governo, com o corte de secretarias e cargos comissionados. Segundo ele, o Estado deve se preocupar com as áreas mais sensíveis — saúde, educação e segurança — e deixar outras para o setor empresarial. “Assim gera mais renda e emprego”, declarou.

Os ataques do debate extrapolaram o campo político e chegaram à empresa comandada pela família de Guerra, que estaria falida, de acordo com o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF), Ibaneis Rocha (MDB).

“Quem não dá conta de administrar sua casa, sua empresa, vai administrar a cidade?”, questionou o emedebista, logo após dizer que tinha “notícia de que já estão preparando o plano de recuperação judicial da empresa, que está quebrada”. Ibaneis ainda completou: “Todo mundo que sair daqui pode ir nas lojas e ver”.

Ao responder a um questionamento de Fátima Sousa, Guerra pediu licença para rebater “o ilusionista Libaneis”. “O Giraffas é um orgulho da cidade. Nós temos 400 restaurantes, sendo 80 no Distrito Federal. Eu fui eleito o melhor executivo pela revista Forbes no Setor de Alimentação Fora do Lar, vice-presidente da Associação Brasileira de Franquias e fui presidente do Instituto Food Service Brasil. Se meu pai está na presidência é porque eu não quero que pessoas mal intencionadas como você assumam o Governo do Distrito Federal”, desabafou o buritizável.

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