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Chapa de Alberto Fraga tenta se aproximar de MDB e PP

Após o deputado confirmar que é pré-candidato ao GDF com Izalci lançado ao Senado, dupla tentará “seduzir” Ibaneis e órfãos de Frejat

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Aos 45 minutos do segundo tempo, os deputados federais Alberto Fraga (DEM) e Izalci Lucas (PSDB) surpreenderam o cenário político ao lançar mais uma chapa para as eleições de 2018, encabeçada pelo democrata e tendo o tucano como postulante ao Senado. Recém-formada, a coalizão deixa brechas – como a incógnita em torno do nome para vice – e gera desconfiança de ex-aliados.

O encontro para selar a parceria, com a bênção do ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), marcou a ruptura de dois grupos. Primeiro, a chamada terceira via, liderada pelo também federal Rogério Rosso (PSD) até então integrada por Izalci Lucas.

Do outro lado, Fraga bateu o pé, não concordou com o lançamento do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB-DF) Ibaneis Rocha (MDB) e deixou a aliança composta por MDB, PP e Avante.

Em uma cartada só, Fraga e Izalci conseguiram agradar caciques do PR. Agora, tentam unir os cacos para fortalecer a chapa. Ambos querem o apoio de MDB, PP e Avante. O tucano ainda espera a adesão do DC e do PSC ao projeto eleitoral.

O desafio – encarado como inviável por alguns – será convencer o MDB a abrir mão da candidatura e Ibaneis. “O MDB lançou candidato a governador. Não há diálogo enquanto eles tiverem candidato a governador”, disse o primeiro vice-presidente do PR-DF, Alexandre Bispo.

As inúmeras reuniões realizadas noite adentro a fim de se chegar a um consenso capaz de impedir a reeleição do atual chefe do Executivo local, Rodrigo Rollemberg (PSB), devem se intensificar até domingo (5/8). Este é o último dia para realizar convenções. Até lá, tudo pode acontecer.

Posicionamento das lideranças nacionais
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou apoiar “100%” o correligionário Alberto Fraga. Já a Executiva nacional do PSDB foi sucinta: disse, em nota, que as alianças terão de ser aprovadas pelo comando tucano.

Nesta quarta-feira (1º), Izalci tem encontro marcado com Ibaneis para “buscar uma composição”, mas o presidente regional do MDB, Tadeu Filippelli, ainda resiste. O emedebista defende Ibaneis como candidato ao GDF, pois Fraga, segundo Filippelli, encontraria dificuldade para garantir a maioria dos votos, requisito para se eleger governador.

Eu o acho [Fraga] um nome extremamente interessante para o Senado. Agora, para governador, cargo que demanda até segundo turno, ganha quem tiver efetivamente a maioria absoluta dos votos. O Fraga, pelo perfil, tem um limite

Tadeu Filippelli, ex-vice-governador do DF e presidente do MDB-DF

O presidente do Avante-DF, Paco Britto, informou não ter sido convidado ou consultado para participar da coligação de Fraga e Izalci.

E os vices?
Enquanto o MDB sustenta a pré-candidatura própria, membros do PP veem oportunidade do lado de lá. O nome discutido nas reuniões dessa terça-feira (31) para vice de Fraga é de Anna Christina Kubitschek (PP), mulher do ex-vice-governador Paulo Octávio (PP).

No entanto, a formalização poderia contrariar o presidente regional do partido, deputado federal Rôney Nemer – fiel escudeiro de Filippelli –, e dependeria ainda do aval do dirigente nacional, Ciro Nogueira.

Driblando o comando local, a deputada distrital Celina Leão e Paulo Octávio devem conversar com o cacique nesta quarta (1º). Além da inserção do nome de Anna, a parlamentar espera garantir uma chapa mais forte para concorrer à Câmara dos Deputados.

Ao Metrópoles, Rôney reforçou ser o presidente eleito do PP até 2019. Nessa posição, afirma que o partido “está junto com o MDB e o Avante para apoiar Ibaneis”.

O vaivém dos vices
Os vices de outros pré-candidatos a governador permanecem um mistério. É o caso do general Paulo Chagas (PRP); do ex-deputado distrital Peniel Pacheco (PDT); e do major do Corpo de Bombeiros Militar do DF Paulo Thiago Barreto, lançado pelo PRTB.

Uma confirmação ocorreu na noite de terça (31), quando o PV foi confirmado na vice de Rollemberg: o posto será do presidente do partido no DF, Eduardo Brandão.

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Estão com um parceiro para preencher os santinhos o empresário Alexandre Guerra (Novo), com o médico Erickson Blun (Novo); o professor Antônio Guillen (PSTU), ao lado de Eduardo Zanata (PSTU); e a ex-distrital Eliana Pedrosa (Pros), com o também ex-parlamentar Alírio Neto (PTB).

Além deles, a docente da Universidade de Brasília (UnB) Fátima Sousa (PSol) conta com a assistente social Keka Bagno (PSol); o deputado federal Rogério Rosso (PSD) tem o pastor Egmar Tavares (PRB); e o economista Júlio Miragaya (PT) tem a companhia da agricultora Cláudia Farinha (PT).

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