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Centrad: Ibaneis quer quitar dívida de R$ 1,1 bi e mudar GDF em 2019

Governador eleito reuniu-se com o presidente da Caixa Econômica Federal nesta terça-feira (6/11) e iniciou estudos para resolver o imbróglio

atualizado

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Ibaneis TCDF 2
1 de 1 Ibaneis TCDF 2 - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) tem promovido uma maratona de reuniões com dirigentes de órgãos públicos locais e nacionais. Novato na política brasiliense, tenta se aproximar das autoridades públicas e tratar de pautas de interesse da sua futura gestão. No último encontro desta terça-feira (6/11), com o presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza, ele discutiu as dívidas do Centro Administrativo (Centrad).

Segundo Ibaneis, o objetivo é quitar os débitos – que somam R$ 1,14 bilhão – com as instituições financeiras e trazer o controle do espaço todo para o Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com o advogado, o Executivo local tem uma dívida de R$ 970 milhões com a Caixa e uma de R$ 170 milhões com o Santander. Ele quer iniciar a transferência dos servidores em março de 2019.

O governador eleito disse que foram apresentados quatro projetos para resolver a questão do Centrad, hoje judicializada. O que mais lhe interessou é o de compra do imóvel, construído a partir de uma parceria público-privada (PPP). “Vamos negociar com a redução de juros para que os valores diminuam e um financiamento para que a gente tenha capacidade de pagamento que não comprometa tanto o orçamento”, afirmou.

Para Ibaneis, essa seria a saída que garantiria prazo suficiente para mudar as secretarias e encerrar os contratos de aluguel sem prejudicar o orçamento. Os estudos foram iniciados, nesta terça, com a conversa com o presidente da Caixa, e a previsão é de terminá-los até o fim da transição. “Tudo isso para que, no dia 1º [de janeiro], a gente já tenha uma solução para esse problema”, concluiu.

O emedebista revelou que também pretende criar e instalar a Universidade Distrital no local, no primeiro ano de gestão. “A ideia é começar o projeto de mudança e desocupar imóveis ocupados. Vou calcular a quantidade de servidores”, declarou. Outra parte de funcionários públicos seria alocada nas administrações regionais.

Denúncias
O imbróglio envolvendo o Centrad dura até hoje e vem desde o início de 2015, quando a Justiça suspendeu o habite-se concedido pelo governo de Agnelo Queiroz (PT), nos últimos dias de seu mandato, por supostas irregularidades na construção. Em 2017, foi criada uma força-tarefa após virem à tona denúncias de executivos da empreiteira Odebrecht em delações premiadas e acordos de leniência no âmbito da Operação Lava Jato.

Delatores afirmaram que Agnelo, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB) teriam recebido propina pela obra. Todos negam. Diante dos indícios de fraude, pagamentos de propina e superfaturamento, o GDF alegou que o contrato deveria ser cancelado por apresentar irregularidades desde o nascedouro da parceria público-privada.

Reuniões
Na tarde desta terça-feira (6/11), Ibaneis encontrou-se com a presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), conselheira Anilcéia Machado, o vice-presidente de Governo do Banco do Brasil, José Eduardo Pereira Filho, e o presidente da Inframérica, Jorge Arruda. Pela manhã, ele já havia se reunido com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Raimundo Carreiro.

No TCDF (foto em destaque), Ibaneis disse que pretende destravar os processos parados no órgão há muito tempo. Segundo ele, o tribunal tem alertado sobre erros nos editais do governo. “Pretendo corrigi-los para que a gente possa gerar mais legalidade”, afirmou. O futuro chefe do Executivo local também disse que estuda a criação de duas secretarias no próximo ano: de Transparência e de Governança.

Já no Banco do Brasil, o emedebista foi pedir recursos para infraestrutura e desenvolvimento do DF, como mobilidade urbana. “Discutimos como o GDF pode usar o Fundo Constitucional, que tem cerca de 30% do valor devolvido por falta de projetos. Também falamos sobre a construção do anel viário norte, no qual o banco tem R$ 100 milhões para investir no próximo ano”, explicou.

Aeroporto
Ibaneis também fez uma passagem rápida no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) – onde está instalada a equipe de transição – para encontrar o presidente da Inframérica. O governador eleito pleiteou a construção de um aeroporto de cargas para criar uma área de livre comércio. “Ele vai viajar para a Argentina hoje, para tratar dos orçamentos do próximo ano, e pedi para que ele inclua esse projeto”, contou.

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