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Agaciel Maia tenta captar votos de policiais civis, à revelia do GDF

Líder do governo na CLDF apresentou projeto que institui Fundo de Assistência de Saúde da categoria e cria despesas para o governo local

atualizado

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DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
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1 de 1 assembleia-pcdf - Foto: DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

Líder do governo na Câmara Legislativa, o distrital Agaciel Maia (PR) pode ser o responsável por um novo embate entre policiais civis e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). O deputado apresentou um anteprojeto de lei que institui o Fundo de Assistência de Saúde da Polícia Civil (Faspol).

A proposta cria uma despesa extra para o GDF no momento em que se completam dois anos desde o início da luta da categoria por melhores condições de trabalho e a paridade salarial em relação à Polícia Federal – promessa de campanha de Rollemberg até hoje não cumprida.

Agaciel não é o único político que tenta fazer média com os policiais civis com a proximidade das eleições. Na semana passada, o pré-candidato ao Palácio do Buriti Jofran Frejat (PR) e o deputado federal Larte Bessa (PR), que deve disputar a reeleição, reuniram-se com entidades sindicais ligadas à categoria. A diferença é que os dois são oposição a Rollemberg e, ao contrário de Agaciel Maia, não integram a base.

Apesar de ser o autor do projeto, o deputado distrital terá de submetê-lo à aprovação do chefe do Executivo, pois a iniciativa da proposta é reservada ao governador. A ideia de Agaciel é tentar convencer Rollemberg de que a criação do Faspol pode ajudar o governo a reduzir o desgaste com a categoria.

De acordo com o distrital, os policiais civis têm apresentado duas demandas como prioritárias: a primeira, a equiparação salarial com os agentes da Polícia Federal. A outra é a criação de um plano de saúde para a corporação.

O tiro, no entanto, pode sair pela culatra: caso o Buriti não chancele a proposta, o deputado estará fornecendo mais munição para a categoria contra o governo.

“Estou levando a proposta para o governo analisar. O anteprojeto prevê que parte da contribuição virá mensalmente dos próprios servidores. Outra parte, do próprio orçamento do governo. Os 50% restantes viriam do Fundo de Modernização da Polícia Civil”, detalhou o deputado, que prevê a necessidade de faixas diferentes de valor para cada tipo de usuário.

A matéria ainda não tem prazo para ir à votação no plenário da Câmara Legislativa, mas a intenção do autor é que isso ocorra até o fim do ano. “Assim que aprovado, o governo terá de fazer os cálculos para saber quando será destinado a esse fundo”, completou.

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