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GDF diz não ter como garantir paridade da Polícia Civil com a PF

Rodrigo Rollemberg destacou achar a reivindicação justa, mas disse que crise impede a concessão do reajuste. Em assembleia, policiais decidiram iniciar nova fase de operação tartaruga

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Dirigentes de sindicatos que representam servidores da Polícia Civil do DF se reuniram com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) nesta quarta-feira (27/7) para cobrar a paridade do reajuste da categoria ao negociado em âmbito nacional pela Polícia Federal (PF).

Apesar de ressaltar que considera a reivindicação justa,o governador afirmou não ter condições de atender a demanda. Em nota, o GDF destaca que “o governo necessita avaliar a viabilidade de uma proposta de reajuste salarial condizente com o comportamento da economia brasileira e local.”

Na tarde desta quarta, assembleia do Sindicato dos Policiais Civis do DF discutiu o início da segunda fase da operação “PCDF Legal”, além de outras medidas. Participaram do encontro 2,5 mil policiais.

Seguem os pontos aprovados pela categoria:

1) A Fase 2 da Operação PCDF legal começa imediatamente.

2) Na próxima quarta-feira (3/8) haverá uma assembleia na Esplanada dos Ministérios. Lá, serão votadas outras medidas de intensificação do movimento, como entrega das viaturas, das armas e dos cargos de chefia das seções de investigação. Depois dessa assembleia, haverá uma caminhada até o Palácio do Planalto;

3) Paralisação das atividades por 24 horas também na próxima semana. O dia será determinado pelos representantes dos policiais civis nas bases;

4) Estado permanente de assembleia. Assim, a categoria pode convocar novos atos a qualquer momento.

Confira a íntegra da nota do GDF:

“Carta aberta aos delegados e policiais civis do Distrito Federal

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, vem a público reconhecer a excelência do trabalho prestado por todas as carreiras que integram a Polícia Civil do Distrito Federal. Nesse sentido, considera justo o pleito das categorias pelo direito à paridade historicamente existente entre a Polícia Civil do Distrito Federal e a Polícia Federal.

No entanto, como governador de toda a população do Distrito Federal, e com a necessária responsabilidade no trato dos recursos públicos, entende que qualquer compromisso de reajuste salarial deve levar em conta a situação de grave crise atravessada pela economia nacional, inédita na história recente do Brasil.

Essa crise gerou a queda de 3,8% do PIB brasileiro somente no ano de 2015, o que se refletiu, pela primeira vez, na diminuição dos valores repassados ao Fundo Constitucional do Distrito Federal no ano de 2016 em comparação com 2015, no montante de R$ 380.000.000,00 (trezentos e oitenta milhões de reais). Importante registrar que, em 2015, 50,5% dos recursos do Fundo foram destinados à Segurança Pública, percentual esse que evoluiu para 60% em 2016. O restante dos recursos do Fundo é aplicado na Saúde e na Educação no DF.

Aliado a isso, a definição do cenário político-institucional nacional, previsto para agosto, poderá emitir sinais importantes sobre o comportamento da economia nos próximos meses.

Pelo exposto, o governo necessita avaliar a viabilidade de uma proposta de reajuste salarial condizente com o comportamento da economia brasileira e local. Para isso, sugerimos a imediata criação de um comitê de negociação, com a primeira reunião na terça-feira (2/8), às 10 horas.”

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