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PCDF prende suspeito de envolvimento na morte do padre Casemiro

Religioso foi executado com requintes de crueldade na noite de sábado (21/09/2019), dentro da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Asa Norte

atualizado

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Paróquia Nossa Senhora da Saúde/Facebook
Padre Casemiro
1 de 1 Padre Casemiro - Foto: Paróquia Nossa Senhora da Saúde/Facebook

A Polícia Civil do DF prendeu na tarde desta terça-feira (24/09/2019), em Valparaíso (GO), um suspeito de participar do assassinato de Kazimerz Wojno, conhecido como padre Casemiro, 71 anos. O religioso foi encontrado estrangulado e com arames enrolados no pescoço na noite de sábado (21/09/2019), após quatro homens invadirem a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Asa Norte, e anunciarem assalto.

A detenção foi feita por investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), com apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA). O nome do suspeito é mantido em sigilo. Ele está sendo ouvido neste momento.

Os bandidos fizeram uma emboscada no momento em que Kazimerz fiscalizava uma obra nos fundos da paróquia. Os criminosos também imobilizaram o caseiro do templo, José Gonzaga da Costa.

“Eles amarraram muito forte o arame, que estava todo torcido. Vi o policial tentando tirar, estava muito difícil”, conta uma das testemunhas, que chegou com a polícia ao local. Relata ainda que o caseiro foi criado pelo pároco desde os 16 anos. Após ser libertado, José Gonzaga teria dito, ainda segundo a declarante: “Pai, você me deixou”.

O funcionário da casa paroquial ainda estava com a boca cheia de plástico.

 

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Velório

Sob forte comoção, o padre Casemiro foi enterrado nessa segunda-feira (23/09/2019), no cemitério Campo da Esperança. O governador Ibaneis Rocha (MDB) chegou a decretar três dias de luto na cidade.

Conforme apuração policial, o padre saía de uma missa e se dirigia ao terreno da paróquia para fiscalizar uma obra no momento em que foi rendido. Os autores agiram com requintes de crueldade e usaram um arame para matar o sacerdote enforcado. Além de ter arames envoltos ao pescoço, o religioso teve mãos e pés atados e apresentava uma lesão na cabeça.

Segundo o delegado Laércio Rosseto, chefe da 2ª DP, as identidades dos suspeitos não serão reveladas para não atrapalhar as investigações. Desde o início da tarde de domingo (22/09/2019), policiais colhem depoimentos de envolvidos, testemunhas e do caseiro.

Imagens do velório:

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Cofres

De acordo com a polícia, a casa tinha cofres modernos e os criminosos estavam preparados para arrombá-los. Sabiam onde estavam. “Tinha cofre de um metro e meio de altura”, pontuou. Os bandidos levaram uma “makita”, pé-de-cabra, barras e picaretas.

As pessoas estão sendo ouvidas e as informações são conflitantes. Há pontos divergentes e que não estão ainda esclarecidos. Os suspeitos ouvidos podem não ter atuado diretamente no crime, mas, sim, de forma indireta. Ainda é cedo e precisamos ter cautela”, afirmou Rosseto, durante o fim de semana.

A polícia tem imagens da movimentação dos suspeitos. Uma das gravações mostra o rosto de um investigado. O conteúdo ainda está sendo analisado e, por isso, é mantido sob sigilo. Rosseto revelou que uma das linhas de apuração suspeita de moradores de rua da região. “Ele (Casemiro) era uma pessoa muito austera e correta”, ressaltou. “Estamos checando se houve desavença com algum morador de rua”, completou.

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