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Nova denúncia: cirurgião plástico que incendiou lancha recebeu R$ 1,2 milhão de seguro

Médico Wilian Pires transferiu R$ 900 mil para uma conta que pertencia a um dos criminosos envolvidos no esquema de fraude às seguradoras

atualizado

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1 de 1 homem com mulheres - Foto: Reprodução/Instagram

Investigadores da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil do Distrito Federal identificaram que o cirurgião plástico Wilian Pires, alvo de mandado de busca e apreensão na operação Navio Fantasma, embolsou R$ 1,2 milhão de uma seguradora 40 dias após comprar uma lancha avaliada em R$ 750 mil. A embarcação foi adquirida pelo médico por R$ 490 mil, segundo as apurações da PCDF.

Os policiais da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri) chegaram até o médico após notarem um depósito de R$ 900 mil feito por ele em uma conta bancária que pertencia a um dos integrantes da associação criminosa investigada no âmbito da Navio Fantasma. Misteriosamente, a lancha foi incendiada em 11 de dezembro do ano passado, por volta das 20h, às margens do Lago Corumbá, em Caldas Novas (GO).

O Metrópoles apurou que o dinheiro seria parte do pagamento pela fraude feita pelo cirurgião em conluio com os comparsas.  Também é investigado o fato de a associação criminosa manter contatos dentro da empresa, já que o seguro havia sido firmado em R$ 2 milhões, valor muito acima do praticado pelo mercado mercado. Ao suspeitar dos valores, a seguradora repassou R$ 1,2 milhão. Mesmo assim, o médico acionou a Justiça para tentar receber os R$ 800 mil restantes.

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Ostentação

Nas redes sociais, Wilian Pires, que se apresenta como especialista em lipoaspiração de alta definição e mamoplastia de aumento, faz questão de ostentar uma rotina de luxo, com muitas viagens ao exterior. Sempre na companhia de belas mulheres, o médico também compartilha com seus seguidores passeios de barco e comemorações em restaurantes badalados da capital federal e em locais paradisíacos, como Fernando de Noronha.

Ele será indiciado por estelionato e associação criminosa e é aguardado pelos policiais para ser ouvido no âmbito da Operação Navio Fantasma, que desarticulou uma associação criminosa especializada em forjar acidentes automobilísticos e receber altos valores pagos pelas seguradoras. A reportagem entrou em contato com o cirurgião para falar sobre o assunto, mas ele não atendeu às ligações.

A força-tarefa cumpriu, na terça-feira (15/12), 12 mandados de busca e apreensão nas regiões do Lago Sul, da Asa Norte, de Vicente Pires, Taguatinga, do Guará, de Águas Claras e do Núcleo Bandeirante. De acordo com as diligências da Corpatri, os investigados agiram nos últimos dois anos e forjaram dezenas de acidentes envolvendo carros de luxo, como BMW e Porsche, entre outros. No total, foram destruídos 10 veículos.

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As apurações da DRF apontaram que os acidentes forjados ocorreram no setor de Clubes Esportivos Sul e na DF-140, nas proximidades do Complexo Penitenciário da Papuda, sempre durante a madrugada. Em todos, houve choque proposital da coluna central dos veículos, dano estrutural que conduz necessariamente à perda total.

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