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No enterro, pai de adolescente de 16 anos morto desabafa: “Revolta não trará meu filho de volta”

Apesar da brutalidade do crime que ocasionou a morte do filho, o pai de Geoffrey conta que não existe revolta no coração da família

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Enterro do adolescente Geoffrey Stony, que foi baleado durante assalto na Ceilândia (3)
1 de 1 Enterro do adolescente Geoffrey Stony, que foi baleado durante assalto na Ceilândia (3) - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

O corpo de Geoffrey Stony, 16 anos, foi sepultado na tarde desta sexta-feira (24/9), no Cemitério de Taguatinga. Em cerimônia discreta, familiares e amigos próximos puderam despedir-se do jovem, que faleceu após ser baleado durante assalto na Ceilândia.

O jovem estava saindo da escola quando foi abordado pelos criminosos. Em seguida, um dos suspeitos atirou no adolescente, que foi socorrido, mas não resistiu ao ferimento. O celular do estudante foi levado.

O pai da vítima, Sérgio do Nascimento, conta que estava transitando pela rua quando viu o filho estirado no chão. “Achava que ele podia ter desmaiado ou passado mal. Uma mulher que me avisou que ele tinha levado um tiro. Foi um choque”, conta.

Apesar da brutalidade do crime que ocasionou a morte do filho, Sérgio conta que não existe revolta no coração da família. “Meu filho não volta mais. Nenhuma revolta vai trazer meu filho de volta. Eu acredito que o responsável pelo crime também vai ser pai um dia e vai saber a dor que eu estou passando. Minha relação com o Geoffrey era de amizade, ele estava comigo o tempo todo. Vou sentir uma saudade eterna”, disse, emocionado.

Segundo Sérgio, a mãe de Geoffrey estava muito abalada e não compareceu ao enterro.

O irmão mais velho do adolescente, Gregory Stony, 17, contou ao Metrópoles que ele e o irmão eram melhores amigos. “Ele queria competir sempre. Ser mais velho e mais forte que eu. Estávamos sempre juntos, um do lado do outro. Agora, espero que Deus toque no coração e na consciência dos responsáveis”, desabafou Gregory.

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Escola tem histórico de assaltos

Francisco Gadelha, diretor da instituição de ensino que Geoffrey frequentava, afirma que roubos acontecem frequentemente na saída da escola. “Falta muita segurança para nossos alunos. É uma fatalidade muito grande a pessoa sair da escola e morrer. Outros estudantes também já foram assaltados na porta do colégio”, relata.

Após o incidente, o Centro Educacional 11 da Ceilândia pediu reforço do Batalhão Escolar. Segundo o diretor, o colégio também já protocolou um pedido na Neoenergia para melhorarem a iluminação em volta do estabelecimento.

“À noite, os assaltos são ainda mais frequentes. Essa localização é muito perigosa. No escuro, então… Pedimos mais iluminação em julho, mas não fomos atendidos”, pontua.

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