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Vídeo: Engomadinho anunciou empresa golpista em telão da Times Square

Nas imagens, um dos operadores da Bybot, que também não atende mais ligações dos investidores, comenta que, agora, a empresa é internacional

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Telão na Times Square
1 de 1 Telão na Times Square - Foto: Reprodução

O principal objetivo da plataforma financeira Bybot era captar o maior número de investidores ao redor do mundo que estivessem dispostos a engordar as carteiras da empresa com milhões de dólares. Em parte, o intuito foi alcançado pelo executivo Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”. O CEO, que fugiu com pelo menos R$ 70 milhões, chegou a emplacar propaganda em um dos espaços mais visto do mundo, os telões da Times Square, em Nova York.

Em um vídeo publicado no TikTok, um dos operadores da Bybot – que também não atende mais as ligações dos investidores e desapareceu – comenta que, agora, a empresa é internacional. “Quem diria que a Bybot chegaria a anunciar na Times Square”, afirma no vídeo Jonathan dos Santos Mattos.

O operador é um dos que teve a foto divulgada nas redes sociais com ameaças supostamente feitas por integrantes da facção carioca Comando Vermelho. No caso, a mensagem oferece R$ 20 mil de recompensa “pela cabeça” do trader ligado a Gustavo Diniz, também ameaçado de morte.

Veja imagens da empresa do Engomadinho na Times Square:

O golpe

Um tombo gigantesco que se aproxima dos R$ 70 milhões deixou em polvorosa o mercado financeiro de moedas virtuais. Os gestores da plataforma financeira Bybot, que controlava milhares de criptoativos de centenas de investidores espalhados por Brasil, Estados Unidos e Europa simplesmente desapareceram. E juntamente com ele todo o dinheiro dos clientes. Muitas ocorrências policiais foram registradas em São Paulo, mas há vítimas em vários outros estados, além do Distrito Federal.

O principal executivo da Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, 27 anos, deletou todas as redes sociais, apagou os canais de comunicação e fechou a plataforma para saques. Nenhum dos investidores consegue, desde a última sexta-feira (25/8), sacar a quantia que estava depositada nas carteiras. Antes assíduo nas redes sociais e sempre gravando lives, Gustavo, que passou a ser apelidado de o “Engomadinho do Bitcoin”, teria fugido do país em direção à Ásia.

De lábia afiada, abusando da simpatia e inspirando segurança, o administrador da plataforma costumava gravar vídeos para os seguidores e mostrava que o negócio era “seguro” e totalmente legalizado. A Bybot operava, principalmente, com a chamada arbitragem de criptoativos. O processo é bastante conhecido no mercado de ações. Quando um investidor decide trabalhar por esse método, ele começa a negociar ativos por preços baixos e oferecê-los em plataformas que pagam um preço maior. A diferença, então, fica com o investidor.

Veja imagens do “engomadinho do Bitcoin”:

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Várias ocorrências policiais foram registradas em São Paulo
Investidores que haviam depositado grandes quantias na Bybot estão desesperados
O golpista apagou todas as redes sociais e os canais de comunicação
Investidores lesados suspeitam que o sócio da Bybot teria fugido para a Tailândia
Sem avisar a ninguém, Gustavo Diniz encerrou as operações da plataforma e desapareceu
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O gestor tinha lábia afiada

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Várias ocorrências policiais foram registradas em São Paulo

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Investidores que haviam depositado grandes quantias na Bybot estão desesperados

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O golpista apagou todas as redes sociais e os canais de comunicação

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Investidores lesados suspeitam que o sócio da Bybot teria fugido para a Tailândia

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Sem avisar a ninguém, Gustavo Diniz encerrou as operações da plataforma e desapareceu

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O gestor da plataforma teria embolsado cerca de R$ 70 milhões

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Um empresário de Brasília teve prejuízo de pelo menos R$ 75 mil

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Um dos investidores perdeu aproximadamente R$ 500 mil

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Fuga rápida

Gustavo Diniz viajava o mundo colhendo frutos do sucesso financeiro proporcionado pela plataforma. Natural de Mogi das Cruzes, em São Paulo, o trader se afastou da família — que leva uma vida simples no interior paulista — para viver uma rotina de ostentação. Antes de apagar suas redes sociais, o gestor da Bybot publicava fotos em resorts de luxo, estações de esqui e praias paradisíacas.

Sem se identificar, um empresário do DF que perdeu 15 mil dólares afirmou que o golpe ocorreu muito rapidamente. “Não sabemos, de fato, o que aconteceu. Estávamos todos aguardando a suposta manutenção e, repentinamente, o Gustavo derrubou o site, apagou o perfil no Instagram e sumiu do Telegram”, pontuou.

Assim que a Bybot saiu do ar, Gustavo Diniz nunca mais foi visto, nem nas redes sociais e muito menos pessoalmente. Ele teria um braço operacional da plataforma na Tailândia. “A suspeita de muitas pessoas que perderam fortunas e estão no encalço dele é que o destino do golpista tenha sido Bangkok”, disse o empresário.

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