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PF faz nova operação para prender golpistas envolvidos em ataques de 8/1

Foram expedidos oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão. Ações contra golpistas ocorrem em Minas Gerais e Paraná

atualizado

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Wey Alves/Especial Metrópoles
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1 de 1 foto-63-manifestantes-bolsonaristas-promovem-destruição-e-terrorismo-na-esplanada-e-segurança-reage-confronto-brasilia-08012023 - Foto: Wey Alves/Especial Metrópoles

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (7/3), a sétima fase da Operação Lesa Pátria. O objetivo é identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por golpistas que promoveram violência e dano generalizado contra imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

Esta é a sétima etapa da Operação Lesa Pátria. Na última, realizada em 14 de fevereiro, a PF cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, expedidos pelo STF. As ações ocorreram em Goiás, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Sergipe, naquele dia.

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Para esta etapa, foram expedidos oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão; as ações ocorrem em Minas Gerais e Paraná.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Histórico

As investigações seguem, e a Operação Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas quanto ao número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Na primeira fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada em 20 de janeiro, a PF prendeu os bolsonaristas Renan da Silva Sena; Ramiro Alves da Rocha, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros; Soraia Baccioci; Randolfo Antonio Dias; além de uma quinta pessoa, que não teve a identidade nem o local de prisão divulgados.

Na segunda etapa da força-tarefa, no último dia 23, policiais prenderam, em Uberlândia (MG), o extremista que aparece em vídeos destruindo um relógio histórico — trazido ao Brasil em 1808 —, no Palácio do Planalto.

Na terceira fase, dois extremistas acabaram presos em Minas Gerais; um em Santa Catarina; um no Paraná; e outro no Espírito Santo. Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estava entre os alvos de mandado de busca e apreensão cumpridos no DF e no Rio de Janeiro. Ele participou dos atos terroristas.

Entre os presos da fase, deflagrada em 27 de janeiro, estavam os mineiros Marcelo Eberle Motta e Eduardo Antunes Barcelos — advogado que trabalha como coordenador da assessoria jurídica da Santa Casa de Misericórdia de Cataguases (MG).

Outra presa na operação foi Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, 67 anos, conhecida como Dona Fátima de Tubarão. Em 8 de janeiro, um vídeo em que ela aparece durante a invasão ao Palácio do Planalto viralizou nas redes sociais. “É guerra. Vamos pegar o Xandão agora”, gritou, em referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Mais prisões

Na quarta etapa, a PF prendeu um dos alvos em Rio Verde (GO). Lucimário Benetido Camargo, conhecido como Mário Furacão, é empresário e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município. O segundo preso foi o ex-candidato a deputado estadual de Rondônia William Ferreira da Silva, conhecido como “Homem do Tempo”.

Na fase mais recente, a corporação teve policiais militares do Distrito Federal como alvo. As equipes cumpriram três mandados de prisão temporária, um de prisão preventiva e seis de busca e apreensão.

Os alvos foram: o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF); o capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da PMDF; o major Flávio Silvestre de Alencar, investigado por liberar o acesso dos extremistas ao STF; e o tenente Rafael Pereira Martins.

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