metropoles.com

PF faz megaoperação contra fraude em aquisição de armas de fogo

Na ação, cerca de 130 policiais federais, com apoio de militares do Exército brasileiro, cumprem 27 mandados de busca e apreensão no Rio

atualizado

Compartilhar notícia

Aline Massuca/ Metropoles
PF faz megaoperação contra fraude em aquisição de armas de fogo
1 de 1 PF faz megaoperação contra fraude em aquisição de armas de fogo - Foto: Aline Massuca/ Metropoles

Na manhã desta quinta-feira (10/2), a Polícia Federal deflagrou a Operação Confessio para desarticular esquema de fraude documental empregado para burlar a fiscalização e o controle na aquisição, posse, porte e comercialização de armas de fogo e munição.

Na ação, cerca de 130 policiais federais, com apoio de militares do Exército brasileiro, cumprem 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São João de Meriti (RJ), em diversos municípios e bairros do Rio de Janeiro.

0

A investigação iniciou a partir de notícia-crime que apontou a possível existência de reiterada e sistemática falsificação e uso de Certificados de Registro de Arma de Fogo (CRAFs) por criminosos que tinham a finalidade de ludibriar a fiscalização com o objetivo de trafegar e portar livremente arma de fogo.

No decorrer da investigação, verificou-se, ainda, a falsificação de documentos que instruem o processo de compra de arma de fogo por Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) e a posterior utilização para compra e venda do armamento em estabelecimentos comerciais.

Os documentos falsos eram semelhantes aos expedidos pelo Exército Brasileiro, o qual, em apoio à Polícia Federal, informou sobre a falsidade documental. Segundo a investigação, foram falsificados os seguintes documentos: Certificados de Registro de Armas de Fogo (CRAFs); guias de tráfego; Certificados de Registro (CRs); e Requerimento para Aquisição de Arma de Fogo e Acessório.

De acordo com a investigação, a falsificação de tais documentos envolveu despachantes, adquirentes, CACs e comerciantes de arma de fogo que permitiam aos adquirentes — que sequer se submeteram à avaliação psicológica e teste de capacidade técnica (elementos essenciais à aquisição de arma de fogo por CAC) — comprar arma de fogo ilegalmente mediante a apresentação dos documentos falsos a comerciantes.

Estes, por sua vez, entregavam o armamento, mesmo sem a Guia de Tráfego válida e sem efetuar a conferência de autenticidade documental, em desconformidade com os procedimentos estabelecidos na legislação federal em vigor.

Entre os documentos instruídos na compra, encontraram-se declarações de próprio punho de alguns adquirentes – falsos CACs – afirmando estarem sem a documentação essencial ao recebimento do armamento (guia de tráfico válida) e plenamente conscientes de que isso configura crime. Tal evidência motivou o nome da referida operação policial.

Os investigados responderão pelos crimes de falsificação de documento público federal, uso de documento falso, comércio ilegal de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Compartilhar notícia