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PCDF prende suspeito de estuprar filha de empresária; vítima tem 6 anos

Criança relatou o caso à mãe em detalhes e indicou como havia sido abusada pelo suspeito, que trabalhava em fábrica na casa da família

atualizado

Reprodução/PCDF
Dois homens de costas, um dele, com camisa preta da PCDF, segura o segundo homem, vestido de branco e algemado, para colocá-lo em carro preto da 38ª DP - Metrópoles

Agentes da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) cumpriram mandado de prisão preventiva contra o suspeito de estuprar uma criança de 6 anos. O homem de 41 anos detido na manhã desta quinta-feira (27/10) trabalhava em uma fábrica de salgados, na mesma região administrativa, e teria cometido o crime contra a filha da dona da empresa. A prisão ocorreu na casa do suspeito, em São Sebastião.

Criança denuncia que foi estuprada por funcionário da mãe no DF

A mãe da criança descobriu o ocorrido recentemente, enquanto conversava com a filha durante o banho. A menina deu detalhes de como teria sido abusada pelo suspeito, que tinha livre acesso à casa da família porque a fábrica de salgados fica no mesmo endereço. Ele trabalhava na empresa desde 2015.

“Os abusos sexuais teriam começado em janeiro, mas a mãe da vítima só teve conhecimento [do ocorrido] em setembro, quando, de forma inocente, a filha lhe relatou os abusos sofridos”, comentou o delegado-chefe da 38ª DP, João de Ataliba Neto.

“Eu estava dando banho nos meus dois filhos, a menina, de 6, e o rapazinho, de 4. Quando conversava com o menino, ele começou a falar do ‘bibiu’. E eu o alertei, falando que ele não podia mostrá-lo para ninguém, apenas para a mamãe. A outra [criança] estava se secando no box quando disse que um dos meus funcionários tinha passado o ‘bibiu’ nela”, relatou a mãe à polícia.

A empresária acrescentou que a filha se deitou sobre ela e mostrou o que o suspeito fazia. Além disso, a criança contou que o suspeito tocava as partes íntimas dela e que cometeu os abusos diversas vezes, sempre no quarto da mãe da menina, enquanto a empresária e o padrasto da criança estavam fora.

Intimidação

O último contato do suspeito com a vítima ocorreu em 9 de setembro, quando o funcionário da família teria estuprado a menina após o horário de almoço. O investigado, que tinha ficha criminal com registros de estupro de vulnerável, ameaça e lesão corporal, intimidava a criança ao dizer que ela não podia relatar os fatos a ninguém.

Para garantir que a criança ficasse calada, o investigado entregava doces que a mãe da criança não costumava deixar a menina comer. Além disso, dizia que seria repreendido pela chefe e demitido do emprego caso a história vazasse.

Após a denúncia da empresária, o funcionário da fábrica começou a difamar a vítima e os parentes da menina para outros trabalhadores da empresa. A polícia detalhou que o investigado contava que eles queriam “acabar com a vida” dele. Na delegacia, porém, o suspeito permaneceu calado. Ele ficará à disposição da Justiça, na carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A corporação informou que a prisão ocorreu mesmo durante período  de eleições porque o suspeito está com o registro eleitoral cancelado. Ele pode responder pelo crime de estupro de vulnerável, com pena de 8 a 15 anos de prisão.






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