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Funai: PF investiga fraude na entrega de cestas básicas para indígenas

Investigações revelaram que contratação de transportadora teria beneficiado empresa escolhida previamente, em troca de pagamentos indevidos

atualizado

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PF/Divulgação
Operação da PF contra fraude
1 de 1 Operação da PF contra fraude - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (29/11), a Operação Tógá, que investiga suposta fraude licitatória e corrupção em contrato de transporte para entrega de cestas básicas a comunidades indígenas do Rio Grande do Sul, especialmente em 2021 e 2022, em razão da pandemia da Covid-19.

Policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão nos municípios gaúchos de Passo Fundo e Cruz Alta. As ordens judiciais partiram da 3ª Vara Federal de Passo Fundo.

A investigação revelou que o processo de contratação pela Coordenadoria Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), com sede em Passo Fundo, teria ocorrido com dispensa de licitação e suposto direcionamento para que uma transportadora escolhida previamente vencesse o certame.

Em contrapartida, os administradores da empresa teriam efetuado pagamentos indevidos e de despesas pessoais a servidores públicos, por meio de transferências ou depósitos bancários.

Operação Tógá

A expressão “Tógá” significa “barriga cheia”, na língua Kaingang. O termo faz referência à importância da política pública para suprir as necessidades alimentares das comunidades indígenas, devido à pandemia.

Os alimentos teriam sido objeto de desvios de recursos públicos, devido à facilidade de contratação por dispensa de licitação por causa da situação emergencial provocada pela Covid-19.

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