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“Filha, eu te amo”, diz mãe de menina de 2 anos morta em incêndio

A família se despediu de Kyara nesta terça-feira. Padrasto da garota, Daniel também não resistiu aos ferimentos e será sepultado na quarta

atualizado

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Vinicius Santa Rosa/Metrópoles
enterro de kyara no cemitério de taguatinga
1 de 1 enterro de kyara no cemitério de taguatinga - Foto: Vinicius Santa Rosa/Metrópoles

Sob clima de forte comoção, familiares se despediram, nesta terça-feira (25/02/2020), da pequena Kyara Pereira, de apenas 2 anos. A garotinha foi uma das vítimas do incêndio em Samambaia que resultou, ainda, na morte de Daniel Pereira Lopes, 35 anos, padrasto da menina.

Mãe de Kyara, Adryan e Katlen – que estavam na casa no momento em que as chamas se alastraram pelo imóvel–, Romária Pereira da Silva, 31, esteve no enterro, no Cemitério de Taguatinga. Muito abalada, precisou ser amparada por familiares. “Minha filha, meu amor. Eu te amo, minha filha”, dizia aos prantos, olhando para o caixão. Ela chegou a desmaiar.

Tia das crianças vítimas do incêndio, Jéssica dos Santos Maia afirmou que é grave o estado de saúde dos sobrinhos, um garoto de 4 anos e uma bebê de apenas 6 meses. “O caso do Adryan é mais delicado, já a Katlen está reagindo aos procedimentos. Os médicos ficaram de nos atualizar agora pela tarde”, disse.

De acordo com a parente de Romária, os profissionais de saúde que estão cuidando dos irmãos hospitalizados pontuaram que o cenário não é otimista. “Os médicos dizem que as crianças, agora, dependem de Deus. O dono da vida é Deus, precisamos aguardar. Estão muito debilitados”, assinalou a mulher.

No enterro, a mãe de Kyara encontrou amparo nos familiares. “Ela está recebendo apoio psicológico também. Romária tem se revezado entre visitas ao hospital e ao IML [Instituto Médico Legal]”, disse Jéssica.

“Pedimos a todos, mais uma vez, que orem pelas crianças, porque está sendo muito difícil. Ninguém sabe de fato o que aconteceu, não podemos culpar ninguém por isso e o momento agora é de buscarmos forças para seguir”, finalizou.

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Ajuda

A família de Romária pede orações para a recuperação das crianças, bem como ajuda para superar a tragédia. “Quem sustentava a casa era Daniel. Ele trabalhava com bicos”, assinalou o encarregado de manutenção José André da Silva, 43, tio de Romária.

O incêndio destruiu documentos e pertences. Familiares buscam inserir Romária na lista de pessoas apoiadas pelos programas sociais do governo.

“Qualquer ajuda é bem-vinda, cestas básicas, roupas, o que for possível”, resumiu o tio da mãe das crianças. Quem quiser pode ligar para ele no telefone (61) 99175-3175.

Uma opção para colaborar é fazer depósito no Banco do Brasil (Agência 2883-5 e conta 17771-7).

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