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Líder de protesto no QG diz que ministro “Jallim Habbei” não reconhece Lula

Uma das vozes mais atuantes em protesto antidemocrático no DF, Ana Paula Melo faz postagens quase diárias sobre as eleições

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Uma das vozes mais atuantes em protesto antidemocrático no DF, Ana Paula Melo cai em pegadinha sobre ministro "Jallim Habbei"
1 de 1 Uma das vozes mais atuantes em protesto antidemocrático no DF, Ana Paula Melo cai em pegadinha sobre ministro "Jallim Habbei" - Foto: Reprodução/Instagram

Uma das organizadoras do protesto bolsonarista em frente ao QG do Exército de Brasília comemorou, nas redes sociais, uma notícia falsa produzida para ridicularizar os manifestantes. Ana Paula Melo divulgou que um ministro dos Emirados Árabes Unidos chamado “Jallim Habbei” não iria reconhecer a vitória de Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL).

O ministro, no entanto, não existe. O nome criado forma uma piada quando lido. Nos comentários, a organizadora recebeu mais apoio. “Eita, glória”, respondeu uma seguidora. Outra publicou emoticons de palmas para a notícia falsa. Uma pessoa ainda tentou alertar: “Observe o nome do ministro”, mas Ana Paula manteve a postagem.

O texto compartilhado pelos bolsonaristas traz que o ministro “Jallim Habbei”, das Relações Exteriores, disse que os Emirados Árabes Unidos “não irão reconhecer Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil”.

Ana Paula compartilha quase diariamente no Instagram notícias falsas e pedidos de intervenção do Exército para fomentar a continuidade dos protestos no QG. Ela ainda tem voz ativa no protesto em frente ao QG de Brasília, discursando com frequência ao microfone.

Nos primeiros dias de manifestação, havia o pedido dos organizadores para que todos se mobilizassem por 72 horas, pois seria o prazo que Alexandre de Moraes teria para reconhecer que “houve fraude nas urnas”, o que não é verdade.

O prazo até gerou confusão nos bolsonaristas, já que o feriado de finados, em 2 de novembro, caiu dentro desse período de tempo. Após o fim do prazo imaginário, novas notícias falsas seguravam os manifestantes no local. Em 7 de novembro, o anúncio do Ministério da Defesa, dessa vez verdadeiro, de que seria divulgado um relatório sobre a fiscalização das urnas deu mais ânimo.

O documento saiu dois dias depois. Extenso, ele não consegue provar qualquer fraude no processo eleitoral, mas deu margem para interpretações errôneas nos bolsonaristas. Após 24 horas da divulgação, uma nova nota do Ministério publicou que o relatório “embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude”, o que inflamou o protesto.

Desde então, há grandes convocações de mais pessoas ao QG de Brasília, principalmente aos domingos e feriados. Mas os organizadores permanecem todos os dias no local, com uma estrutura cara, com banheiros, comidas, bebidas, tendas, barracas e outras condições que permitem a continuidade. Empresários que têm bancado esses atos antidemocráticos estão na mira de órgãos como o Ministério Público Federal.

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