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Justiça perdoa multa de blogueiro que tentou explodir Aeroporto JK

Blogueiro bolsonarista Wellington Macedo foi condenado à prisão e ao pagamento de multa de R$ 9 mil por tentativa de explodir terminal aéreo

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Blogueiro Wellington Macedo de Souza depõe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Distrito Federal CLDF 1
1 de 1 Blogueiro Wellington Macedo de Souza depõe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Distrito Federal CLDF 1 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) concedeu indulto ao blogueiro Wellington Macedo de Souza (foto em destaque) pela multa de R$ 9,6 mil que deveria pagar em virtude da tentativa de explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília, na véspera do Natal de 2022.

Enquanto ainda estava foragido, o bolsonarista foi condenado a seis anos de prisão, em regime inicial fechado. Wellington acabou preso em 14 de setembro de 2023, no Paraguai, após uma operação conjunta da Polícia Nacional do país vizinho com a Polícia Federal (PF) brasileira.

A defesa do blogueiro, porém, pediu o perdão da pena de multa, com base no Decreto Federal nº 11.846/2023. Na solicitação, os advogados de Wellington alegaram que o débito fiscal e extrafiscal mínimo para ajuizamento de execuções fiscais pela Fazenda Nacional precisa ter valor consolidado igual ou superior a R$ 20 mil.

Como o valor imposto para o réu era inferior a essa quantia, o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Milson Barbosa, concedeu perdão ao blogueiro. O bolsonarista, no entanto, permanecerá preso, cumprindo em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

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“Preso do Xandão”

Antes de se envolver no planejamento do ato terrorista, o condenado havia sido preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que passou a ser chamado de “Xandão” nos círculos bolsonaristas. Em razão disso, Wellington se apresentava como “Preso do Xandão”.

As investigações da polícia revelaram que Wellington usava tornozeleira eletrônica quando colocou explosivo em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro de 2022 Ele planejou o atentado com os também bolsonaristas Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32, e George Washington de Oliveira Sousa, 54.

Conhecido frequentador do acampamento golpista que permaneceu montado por mais de 70 dias em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, Wellington recebeu quatro parcelas do auxílio emergencial em 2020 e até trabalhou no antigo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, durante a gestão da atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF), em 2019.

Prisão anterior

Wellington havia sido condenado à revelia pela 8ª Vara Criminal de Brasília a seis anos de prisão, enquanto era alvo de dois inquéritos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A Justiça justificou a condenação pelo crime de exposição a perigo da “vida, integridade física ou patrimônio de outro, mediante colocação de dinamite ou de substância de efeitos análogos em um caminhão-tanque carregado de combustível”.

Antes, porém, o blogueiro tinha sido preso em 9 de setembro de 2021, após ser alvo de mandados de busca e apreensão, no âmbito do inquérito que apurou as manifestações bolsonaristas do 7 de Setembro.

Wellington deixou a cadeia em 15 de outubro daquele ano, após os advogados do acusado alegaram que ele tinha emagrecido 18 quilos e estava “profundamente deprimido”; então, o bolsonarista conseguiu o direito de ficar em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica.

Nas eleições de 2022, Wellington se candidatou a deputado federal por São Paulo. Filiado ao PTB, mesmo partido de Roberto Jefferson, ele conseguiu 1.118 votos e não se elegeu.

Em 26 de dezembro de 2024, o blogueiro quebrou a tornozeleira eletrônica que usava e se tornou foragido. Enquanto ainda era procurado, Wellington chegou a tentar entrar na cerimônia de posse do presidente do Paraguai, Santiago Peña.

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