A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, esteve nesta sexta-feira (24/7) na 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga, para saber detalhes da investigação que resultou na prisão, no Maranhão, de um pedófilo do Distrito Federal que fez pelo menos 60 vítimas. Segundo ela, a ideia é diminuir os entraves para ajudar nas buscas virtuais por criminosos do tipo. Conforme as investigações, o homem usava redes sociais para aliciar crianças e adolescentes.
De acordo com Damares, esse é um caso emblemático. “Espero que sirva de exemplo para que todos os pais fiquem atentos”, disse a titular da pasta da Família.
A investigação, ressaltou Damares, será usada como modelo de sucesso de apuração de novas denúncias similares registradas no país. O aumento de pena para os crimes de pedofilia cometidos virtualmente também está na pauta. “Conversamos com os responsáveis por achar esse pedófilo para entender as fragilidades na lei que dificultaram a ação”, comentou.
Veja imagens:

Damares Alves na 12ª DP: coleta de informações sobre investigação para servir de modelo ao país na apuração de casos de pedofiliaIgo Estrela/Metrópoles

Damares afirma discordar do procedimento do aborto, realizado em Recife (PE) pelo Dr. Olímpio Moraes FilhoIgo Estrela/Metrópoles

Damares afirma discordar do procedimento do aborto, realizado em Recife (PE) pelo Dr. Olímpio Moraes FilhoIgo Estrela/Metrópoles

Um mandado de prisão preventiva foi expedido contra o suspeito.Igo Estrela/Metrópoles

Delegada Elizabeth Frade, da 12ª DP: unidade policial investigou e prendeu pedófilo que fez pelo menos 60 vítimasIgo Estrela/Metrópoles

Caso foi registrado em TaguatingaIgo Estrela/Metrópoles

A PM levou os suspeitos para a 12ª DPIgo Estrela/Metrópoles
Campanhas de conscientização não só para adolescentes mas também direcionadas aos pais serão desenvolvidas pelo ministério conduzido por Damares. “Todos precisam saber que podem contar com a polícia. A polícia é parceira, não precisa ter medo, ligue para nós”, disse ainda a ministra.
Emocionada, a ministra lembrou o caso de abuso sexual que sofreu na infância. “Se eu tivesse tido uma rede de apoio como essa, tudo teria sido diferente na minha vida”, finalizou.
O caso
O suspeito foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) acusado de pedofilia. Segundo investigação da 12ª DP, o acusado fez, pelo menos, 60 vítimas com idades entre 11 e 14 anos somente na capital do país.
A investigação teve início após uma ocorrência ser registrada na 12ª DP contra o homem. De acordo com a PCDF, ele teria usado uma rede social para manter conversas sexuais com um adolescente de apenas 13 anos, morador de Taguatinga.
O criminoso foi preso no interior do Maranhão. Para conseguir a confiança das vítimas, o pedófilo se passava por uma menina jovem e estimulava os adolescentes a se relacionarem virtualmente com ele.
Ainda conforme a PCDF, o suspeito “exigia que os arquivos contendo a nudez e pornografia infanto-juvenil mostrassem os rostos das vítimas”. Algumas vítimas chegaram a cogitar suicídio, temendo que vídeos e fotos íntimas fossem vazadas na internet pelo criminoso.
Além dos adolescente do Distrito Federal, o suspeito também atuou em outros estados, segundo a polícia. O nome do homem não foi divulgado em respeito à Lei de Abuso de Autoridade – a própria PCDF borrou imagens do caso distribuídas à imprensa – e para não atrapalhar o prosseguimento das apurações.
A PCDF divulgou os perfis, caso os pais reconheçam e queiram contribuir com as investigações: https://www.instagram.com/henriquezandoo/ e https://www.instagram.com/tasampaio__/.
Em nota, o Instagram afirmou que colabora com as investigações da Polícia Civil. “O Instagram não tolera esse tipo de comportamento ou o compartilhamento de conteúdo que traga exploração sexual infantil em sua plataforma”, disse a empresa.