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Imprudência que mata: multas por embriaguez ao volante crescem 52% no DF

Em 2020, o Detran registrou 21,9 mil infrações por embriaguez ao volante. Em 2022, foram 33,5 mil ocorrências do tipo

atualizado

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1 de 1 Foto-pessoa-fazendo-teste-do-bafometro - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em dois anos, o número de multas emitidas para motoristas que dirigiam sob o efeito de álcool aumentou 52,46% no Distrito Federal. De acordo com os dados do Departamento de Trânsito (Detran-DF), em 2020, a capital federal registrou 21.981 infrações de embriaguez ao volante. Ano passado, passou para 33,5 mil.

Em 2021, foram 27.512 multas aplicadas por embriaguez ao volante — mais de 20% a mais do que no ano anterior.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dirigir sob o efeito de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa pode gerar detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão da permissão para dirigir.

O diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran-DF, Wesley Cavalcante, afirmou ao Metrópoles que o aumento dos registros se deve pelo fim do período mais severo da pandemia de Covid-19 e pelo aumento de fiscalização por parte do próprio Detran e outros órgãos.

“Com o fim da pandemia, aumentou a circulação de veículos e pessoas com mais eventos e festas. Além disso, no ano de 2022, a gente reforçou a fiscalização, resultando em mais flagrantes”, diz.

Wesley também considera que é perceptível a ligação entre acidentes fatais e a alcoolemia. “As duas principais causas de acidentes fatais são o excesso de velocidade e o uso de bebida alcoólica”.

Relembre alguns casos

Em agosto de 2022, um empresário paquistanês atropelou dois motociclistas, sendo que um morreu logo após o ocorrido. Na época, vários pedestres registraram o momento após o acidente.

Pelas imagens, é possível ver o motorista com sinais de embriaguez e sem reação. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele estava bêbado. E, no interior do veículo, foram encontradas garrafas de bebida alcoólica vazias. O empresário chegou a ser preso, mas foi solto dias depois.

Vídeo mostra paquistanês com sinais de embriaguez após matar motoboy

Já em fevereiro deste ano, um jovem foi preso após colidir o carro em uma árvore na L2 Sul. Ele estava com duas outras pessoas no carro, que precisaram ser socorridas e levadas ao Hospital de Base com dores e ferimentos superficiais. Segundo o Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), o motorista apresentava sinais de embriaguez. No veículo, que ficou totalmente destruído, foram encontradas garrafas de espumante e caixas de cerveja.

Também em fevereiro, um homem de 27 anos atropelou um pedestre e um ciclista na calçada na QNN 24, na Ceilândia. O motorista negou-se a passar pelo teste do bafômetro, mas um laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a embriaguez.

Tolerância zero

Diretor do Detran, Wesley Cavalcante comenta que o DF tem tolerância zero com a combinação de direção e álcool. “Independentemente da quantidade de álcool que a pessoa ingeriu, há penalidade. Mesmo com a pessoa se recusando a fazer o teste do bafômetro, ela fica 12 meses sem dirigir. Se ela fizer o teste e a quantidade de álcool no sangue ultrapassar os 34mg/L, o caso será considerado crime. Ou seja, além de perder o direito de dirigir, pode ser presa em flagrante”.

Wesley reforça que, em 2023, o Detran continuará a fazer maiores fiscalizações e espera que o número de ocorrências diminua.

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