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Homem que matou jovem em farmácia agiu sem “nenhum temor”, diz juiz

Para o magistrado, Joelton Pereira da Silva não teve medo de que a Justiça, um dia, pudesse alcançá-lo. Réu condenado a 21 anos de prisão

atualizado

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Rodrigo-assassinado
1 de 1 Rodrigo-assassinado - Foto: Reprodução

Na sentença que determinou a prisão de Joelton Pereira da Silva por 21 anos, 4 meses e 15 dias, por homicídio qualificado e roubo, o juiz Wellington da Silva Medeiros afirmou que o condenado foi “dissimulado” e “ousado” ao praticar o crime pelo qual foi punido.

O réu matou o estudante de educação física Rodrigo Souza Borges (foto em destaque) após assaltar uma farmácia em Águas Claras, em outubro de 2019.

Segundo o juiz, o homicídio aconteceu em local de grande circulação de pessoas, que passeavam com seus animais, reuniam-se para lanchar ou levavam crianças para brincar.

“Vale dizer, o crime foi praticado à vista de quem quisesse ver, circunstância a denotar grande audácia por parte do réu e nenhum temor de que a lei, um dia, pudesse alcançá-lo”, registrou o magistrado.

Dissimulado

Ao proferir a sentença, o juiz ressaltou a dissimulação de Joelton, que entrou na drogaria, fingiu ser um cliente, foi atendido por funcionários, para, ao final, anunciar o roubo. A ação do bandido desencadeou transtornos psicológicos no empregado do estabelecimento que atendeu o ladrão. O trabalhador, agora, é acompanhado por profissional especializado.

Ao final, o juiz registrou que o réu respondeu ao processo preso, e os motivos que fundamentaram a custódia cautelar permanecem os mesmos. Sendo assim, não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade.

“A gravidade concreta dos delitos desponta como superlativamente elevada. Agora, depois de condenado, não faz sentido ser posto em liberdade’, anotou o togado.

Crime e condenação

Joelton foi julgado e condenado nessa terça-feira (9/2) pelo Tribunal do Júri de Águas Claras. Além da pena de reclusão, o réu vai pagar 11 dias-multa de 1/30 do salário mínimo.

O homem foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e roubo.

No dia 17 de outubro, Joelton se passou por cliente para roubar drogaria localizada na Avenida Boulevard Norte, em Águas Claras. Ele chegou a pedir para passar o cartão, que foi recusado.

Depois, o ladrão exigiu que o funcionário colocasse todo o dinheiro do caixa sobre a mesa. O assaltante fez apenas um movimento com a mão na blusa, indicando que estaria armado.

Veja vídeo do suspeito dentro da farmácia:

Após o grito de “Pega, ladrão”, entregadores de aplicativo e outras pessoas que estavam na rua perseguiram o ladrão em fuga para contê-lo. Armado com uma faca, o assaltante atingiu o estudante de educação física Rodrigo Souza Borges.

Rodrigo era entregador de comida por meio de aplicativo e estudava na Uniplan — uma camiseta preta com o nome do curso ficou caída no local onde ocorreu o assassinato. Já o suspeito, segundo consta na ocorrência policial, trabalhava como auxiliar de serviços gerais na mesma faculdade particular.

O estudante morava com a avó em Águas Claras e fazia entregas para ajudar no sustento da filha, de 2 anos. Segundo a família, o jovem tinha o sonho dar aulas para crianças autistas.

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