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Ex-líder religioso do DF é condenado por violação sexual contra fiéis

Cristiano Gomes da Silva foi condenado a oito anos de reclusão em regime semiaberto, acusado por crimes de violação sexual mediante fraude

atualizado

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Homem, sem camisa, com colar típico de religião de matriz africana com gorro branco - Metrópoles
1 de 1 Homem, sem camisa, com colar típico de religião de matriz africana com gorro branco - Metrópoles - Foto: Divulgação

O ex-líder religioso Cristiano Gomes da Silva foi condenado a oito anos de reclusão por crime de violação sexual mediante fraude. Ele cumprirá pena em regime inicialmente semiaberto e poderá recorrer em liberdade. A decisão é da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia.

Cristiano foi acusado de estuprar e violentar sexualmente três mulheres, com uso de procedimentos semelhantes, durante a realização de “limpezas espirituais” em rituais religiosos.

Na decisão, o juiz que analisou o processo entendeu que, com base nas provas, o líder religioso “não se valeu de violência ou grave ameaça e, sim, de meios capazes de levar a vítima a erro ou mantê-la em erro”. Por isso, afirmou que o acusado cometeu, na verdade, violação sexual mediante fraude por duas vezes.

“Todos os atos praticados pelo denunciado decorreram do fato de ele se aproveitar da credulidade da ofendida, na crença nas coisas da fé ou em coisas ocultas, sobrenaturais. Não se fez passar por ‘pai de santo’. Ele é, e continua sendo para muitos, o sacerdote responsável por tudo o que acontece no espaço sagrado da seita e da espiritualidade dos seguidores. Mas, mediante manobras enganosas, vicia a vontade da vítima, levando-a à prática de atos sexuais para servir sua lascívia”, destacou o juiz de direito Olair Teixeira de Oliveira Sampaio.

Veja imagens de Cristiano:

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A defesa das vítimas pensa em recorrer da sentença, por considerar que, além da possibilidade do crime de estupro, o cumprimento de pena em regime semiaberto não seria adequado. “Não podemos usar a religião ou a fé para manipular as pessoas”, afirmou a advogada Patrícia Zapponi, que acompanha o processo.

Relembre o caso

Depois que a primeira vítima registrou boletim de ocorrência na 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), outras três mulheres prestaram depoimento. À época, elas detalharam ao Metrópoles os momentos de terror por que passaram.

“Ele disse que eu deveria prometer a Oxum que não contaria a ninguém sobre o que aconteceu ali. E que eu deveria prometer por quem eu mais amo. A pessoa que mais amo é minha filha. Então, como não vi qualquer saída, prometi a vida dela. Fiquei com muito medo. Não sabia o que fazer”, contou uma das vítimas.

No dia em prestou depoimento, Cristiano gravou um vídeo em que disse ser era inocente e divulgou a gravação em grupos da comunidade. “Estão tentando denegrir minha imagem e eu, como sacerdote, como educador, estou aqui para provar minha inocência. Não tem nada que vá sujar minha índole. Não estou escondido de nada, estou aqui para falar a verdade”, alegou, à época.

Leia aqui a reportagem completa do Metrópoles sobre o caso

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