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Morre um dos religiosos acusados de desvios na Diocese de Formosa (GO)

Monsenhor Epitácio Cardoso era acusado de integrar esquema de desvio milionário em paróquias no Entorno

atualizado

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Simonny Santos/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 WhatsApp Image 2018-03-22 at 09.10.11 (1) - Foto: Simonny Santos/Especial para o Metrópoles

Investigado no âmbito da Operação Caifás, que apura desvios de R$ 2 milhões na Diocese de Formosa (GO), o monsenhor Epitácio Cardoso (foto em destaque), vigário-geral da cidade, morreu na noite desta quinta-feira (28/3). Ele estava internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há algumas semanas, com complicações neurológicas. Interrogatório com os outros investigados estava marcado para esta sexta (29) e será reagendado. As informações são do jornal O Popular.

Os advogados dos 11 acusados na operação deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) emitiram nota sobre a morte do religioso. No texto, a defesa alega ter “a firme convicção de que as injustiças e as misérias do processo penal também causam mortes diretas”. O grupo de defensores completa o comunicado ressaltando os 50 anos de dedicação do monsenhor à igreja.

Caifás
As investigações começaram após o Ministério Público ter recebido denúncias de fiéis que desconfiaram dos desvios, supostamente iniciados em 2015. Entre as suspeitas, estava o fato de as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, terem passado de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde que dom José Ronaldo assumiu o posto – após o escândalo, ele renunciou ao cargo.

Os religiosos teriam usado os recursos desviados dos dízimos para comprar fazenda e uma lotérica em Posse (GO), utilizada, com base nas diligências, para lavar o dinheiro. O MPGO ainda apura por que a Diocese de Formosa tem 160 veículos registrados, sendo que em sua jurisdição estão apenas 33 paróquias.

Como revelou o Metrópoles, a maioria desses carros é de luxo e custa mais de R$ 100 mil cada. Além dos automóveis, a Caifás descobriu que as autoridades religiosas tinham joias e relógios de marca. A Justiça chegou a determinar a penhora de R$ 9 milhões de todos os acusados.

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