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Aluno mata, a tiros, coordenador de escola no Entorno do DF

Caso aconteceu no Colégio Estadual Céu Azul, no município de Valparaíso, na tarde desta terça-feira (30/04/2019)

atualizado

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Matheus Garzon/Metrópoles
colégio estadual ceu azul, em valparaiso (GO)
1 de 1 colégio estadual ceu azul, em valparaiso (GO) - Foto: Matheus Garzon/Metrópoles

Um aluno do Colégio Estadual Céu Azul, localizado em Valparaíso (GO), baleou um coordenador da unidade de ensino nesta terça-feira (30/04/2019).

Segundo informações da Polícia Militar do município, um estudante do 2º ano do ensino médio teria tido uma discussão com uma professora pela manhã, voltou à tarde armado e disparou contra o educador, que teria apartado a confusão ocorrida mais cedo.

A vítima levou quatro tiros, segundo a Polícia Militar de Goiás, e foi identificada como Júlio Cesar Barroso de Sousa, 41 anos. Ele teria sido atingido nas costas. Júlio Cesar era casado e tinha dois filhos.

O caso aconteceu por volta das 15h, no município goiano que se localiza a 35km de Brasília. A Polícia Militar goiana faz buscas na região para achar o atirador, identificado como L.R.L. O corpo de Júlio Cesar foi levado ao Instituto Médico Legal de Formosa (GO).

“Desespero”
Um aluno do sétimo ano disse que estava no galpão ao lado da sala dos docentes na hora. “Bateu o sinal para a troca de professores. Eu estava na aula de educação física e ouvi os tiros.”

Ainda de acordo com o rapaz, foram momentos de desespero. “A princípio, achei que era brincadeira, mas quando todos os professores correram para o galpão, vi que era sério”, contou.

Outro aluno, do oitavo ano, diz ter visto o coordenador minutos antes do assassinato. “A gente estava na aula de matemática e ele passou para recolher nossos trabalhos. Gente boa, falava com todo mundo. Uma pena”, lamentou.

Na hora do crime, ele estava no portão da escola. “Ninguém sabia direito o que aconteceu. Foi só uma correria. Os alunos não têm acesso ao portão de trás, então era muita gente para uma saída.”

Por meio de nota, a Secretaria de Educação de Goiás informou que “uma equipe composta por psicólogo, assistentes sociais e integrantes da Superintendência de Segurança Escolar prestará apoio à comunidade e à família da vítima”.

Preocupação em todo o país
O caso ocorre pouco mais de um mês após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), quando dois ex-alunos assassinaram oito pessoas e se mataram em seguida.

Devido à tragédia, o Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu, em 19 de março, reforçar a segurança nas escolas públicas, especialmente após uma série de ameças que unidades de ensino local passaram a receber.

Em reunião com os secretários de Educação, Rafael Parente, e de Segurança, Anderson Torres, e a comandante-geral da Polícia Militar, coronel Sheyla Sampaio, o governador, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu aumentar o contingente policial nas unidades de ensino.

Além disso, serão intensificadas as rondas das equipes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em torno dos colégios.

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