A Polícia Militar de Goiás (PMGO) prendeu, neste sábado (31/08/2019), Anderson da Silva Leite Monteiro, 18 anos, acusado de matar a facada o professor Bruno Pires de Oliveira, 41. O crime ocorreu no Colégio Estadual Machado de Assis (Cema), em Águas Lindas de Goiás (GO), no Entorno do DF, nessa sexta-feira (30/08/2019).
Segundo informações da corporação, o estudante estava em uma fazenda de parentes na cidade de Nova Roma, no norte de Goiás. Os policiais chegaram à paisana e pegaram o suspeito de surpresa, após receberem uma denúncia anônima.
O jovem disse aos investigadores que foi orientado a se esconder para sair do flagrante. Pela manhã, a Justiça de Goiás havia decretado a prisão preventiva do aluno. À tarde, o corpo do docente foi enterrado no cemitério de Taguatinga.
Nesta segunda-feira (02/09/2019), às 16h, moradores de Águas Lindas pretendem fazer uma passeata para cobrar maior presença policial no colégio onde aconteceu a tragédia. O tema também foi tratado entre o prefeito da cidade, Hildo Candango, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
O prefeito reconheceu que a escola não tinha agentes de segurança e pediu, em caráter de urgência, que pelo menos uma patrulha escolar fosse instituída no município goiano. “É uma reivindicação antiga da comunidade. O governador se mostrou sensível”, afirmou o prefeito, que acompanhou o enterro do professor no cemitério de Taguatinga.
O clima é de revolta pela maneira como o docente, um homem de temperamento tranquilo e afetuoso, foi morto. Os estudantes relatam que o professor de Geografia era muito mais do que um educador. “Ele era muito próximo da gente, um amigo, que sempre nos aconselhava nas dificuldades”, lembrou Victória Oliveira da Silva, 13, do 8º ano. O Bruno estava na escola há dois anos e a proximidade que mantinha com os alunos chamava a atenção. “Nossa escola nunca mais será a mesma. Ele era um professor exemplar”, afirmou Sarah Carvalho, 14, também do 8º ano.
Alunos da escola onde a vítima trabalhava compareceram ao enterro
André Borges/Metrópoles
Amigos e famíliares estavam arrasados com a morte brutal do professor
André Borges/Metrópoles
Otávio Rodrigues Pires Neto (blusa azul) é irmão do professor assassinado pelo aluno
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Dezenas de amigos e familiares marcaram presença no velório, no cemitério de Taguatinga
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A mãe de Bruno
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Irmão de Bruno
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prof5
André Borges/Metrópoles
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O crime
Segundo o delegado plantonista de Águas Lindas, Rodrigo Mendes, Anderson “estava muito nervoso” na sexta, por volta das 11h55. Ele se encontrou com Bruno no estacionamento, no momento em que o professor se dirigia até a sua moto para ir embora. Nessa ocasião, o estudante desferiu um único golpe de faca no docente e fugiu. A lâmina perfurou o fígado do educador, que tinha contrato temporário.
“Bruno entrou na sala dos professores e disse que o ‘Anderson Grandão’ o havia atacado. Uma professora nem acreditou e chegou a sair para ver se encontrava o jovem. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital”, detalha o delegado Mendes.
Bruno Pires foi morto na escola
Bruno Pires foi morto na escola
Facebook/Reprodução
Anderson Silva
Anderson Silva fugiu após esfaquear o professor
Facebook/Reprodução
A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Vigília na escola
Igo Estrela/Metrópoles
A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Vigília na escola
Igo Estrela/Metrópoles
A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Manifestação dos estudante da escola na marginal da BR-070
Igo Estrela/Metrópoles
A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Moradores do município fazem ato pelo professor morto
Igo Estrela/Metrópoles
A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Vigília na escola
Igo Estrela/Metrópoles
A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Polícia Militar foi acionada no dia do crime
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A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Movimentação de policiais em frente ao colégio
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A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Rodrigo Mendes, delegado plantonista da 1ª Delegacia de Polícia de Águas Lindas (GO)
Igo Estrela/Metrópoles
A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Colégio Estadual Machado de Assis, em Águas Lindas (GO)
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A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
As aulas foram suspensas por cinco dias
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A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Manifestação dos estudantes da escola na marginal da BR-070
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A Polícia Civil de Goiás acredita que o estudante Anderson Silva, 18 anos, teve um surto psicótico. O jovem é acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, nesta sexta-feira (30/08/2019), na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Polícia Militar na entrada de escola no estado de Goiás
Igo Estrela/Metrópoles
“A gente ainda está investigando, mas há a hipótese de que ele tenha surtado. O Anderson não é um aluno com histórico de violência, não possui passagens pela polícia, mesmo quando menor, e, apesar de nunca ter tido boas notas, também nunca foi agressivo. Era um aluno aparentemente tranquilo”, conta Mendes. De acordo com o delegado, os pais do menino eram participativos na comunidade escolar.
Quando Anderson saiu da última aula de sexta-feira, a professora estranhou o comportamento do rapaz. O motivo da raiva e nervosismo foi um burburinho que se espalhou pelo colégio de que ele seria desligado do programa Mais Educação, direcionado a alunos dos 6° e do 7° ano e focado em atividades pedagógicas e esportivas. “Pelo visto, ele gostava muito desse programa e a escola não confirmou o desligamento”, acrescentou o policial.
Mais tarde, o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), Cleber Martins, confirmou que o aluno havia sido excluído do programa escolar. “Estamos apurando três versões: uma era a de que ele teria saído por indisciplina; outra, de que ele teria problemas de saúde, possivelmente cardíaco, e desmaiava nas atividades físicas; e também a questão da idade, por ser bem maior e mais velho que os colegas de classe.”
De acordo com o investigador, não foi Bruno quem tirou Anderson do programa. “Foi outra professora, e eu não sei se ele pensou que a vítima tivesse interferido. O aluno vai responder, a princípio, por homicídio qualificado com uso de meio que dificultou a defesa da vítima”, explica.
A faca usada no crime teria sido emprestada por outro colega, ainda do lado de dentro da escola. “Ninguém viu claramente o que aconteceu. Os alunos já tinham sido liberados e os funcionários estavam almoçando na sala dos professores. Não houve reação, ele chegou para os colegas estancando os ferimentos, disse que tinha sido esfaqueado e pediu para ser socorrido”, finalizou o delegado.
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