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Em ato bolsonarista, grupo culpa China por mortes e pandemia da Covid-19

Movimento de jovens brasilienses homenageou as 50 mil vítimas do coronavírus no Brasil, marca atingida neste fim de semana

atualizado

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ato bolsonarista 21/06
1 de 1 ato bolsonarista 21/06 - Foto: Divulgação

No calor do debate político, os opositores do governo costumam acusar os bolsonaristas de serem insensíveis ao terrível cenário de calamidade trazido pela pandemia de coronavírus, que ultrapassou um milhão de casos confirmados neste fim de semana no país. Para um movimento que participou de manifestação pró-governo neste domingo (21/06) em Brasília, a acusação é injusta porque eles foram bem recebidos ao homenagear as 50 mil vítimas da doenças que já morreram no Brasil segundo as estatísticas oficiais. No ato, o grupo culpou o governo por essa tragédia, mas não o brasileiro ou mesmo os estaduais: o da China.

Os integrantes do movimento Democracia Sem Fronteiras, que surgiu em Brasília no final do ano passado, já foram a duas manifestações pró-governo para distribuir máscaras, homenagear as vítimas da Covid-19 e denunciar a China, que acusam de esconder informações que poderiam ter salvo vidas.

Apesar de atuar entre os bolsonaristas, a estudante universitária Bruna Corcino, presidente do movimento, reforça várias vezes em conversa com o Metrópoles que a entidade tem caráter apartidário e diz que entre os membros há pessoas de esquerda e de direita.

“Não temos vinculação com nenhum partido ou movimento. Tratamos apenas das nossas pautas, que são liberdade e defesa dos direitos individuais”, explica ela.

Veja registros da participação deles no ato deste domingo:

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A mobilização junto aos defensores do governo e não ao grupo que protestou pelo impeachment de Bolsonaro do outro lado da Esplanada, segundo Bruna, deve-se a uma proximidade maior das pautas dos apoiadores do presidente, já que ela vê nos movimentos de esquerda um problema intransponível: a defesa de ditaduras.

“Eles [manifestantes de direita] se aproximam mais das nossas pautas que a esquerda, pois a esquerda não acredita que são ditaduras em Cuba, China e Venezuela”, exemplifica.

Ela não fecha, porém, as portas ao diálogo. “Não temos problemas em distribuir máscaras pro pessoal do PT se encontrarmos com eles também não. Importante é a proteção [contra a Covid-19]”, diz a estudante.

A culpa da China

Bruna não isenta o presidente Jair Bolsonaro totalmente pelas mortes causadas pelo coronavírus no Brasil. “Cabe sim críticas a ele em alguns casos”, diz ela, sem especificar.

“Mas entendemos que ele faz o que pode. O próprio STF [Supremo Tribunal Federal] transferiu a maior parte das responsabilidades para os governadores e prefeitos”, disse ela, repetindo um argumento usado pelo próprio Bolsonaro para tratar da Covid-19 e das responsabilidades do Executivo brasileiro.

Para a ativista, a culpa maior é do governo chinês, que, “ao que tudo indica, omitiu informações de extrema importância no início dessa crise, que poderiam ter evitado essas mortes. Se tivesse existido um enfrentamento sério e transparente no início da pandemia, várias decisões seriam tomadas para evitar essa situação atual”, observa a estudante.

“A omissão, infelizmente, matou muitas pessoas”, defendeu ela, que foi para a Esplanada com seus companheiros munida de máscaras para distribuir e cartazes criticando o país asiático.

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