Doria recebe cúpula do PSDB para definir eleição e faz pronunciamento
Ex-governador discutiu futuro de pré-candidatura com líderes tucanos antes de falar com a imprensa
atualizado
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São Paulo – O ex-governador de São Paulo João Doria recebeu a cúpula do PSDB na manhã desta segunda-feira (23/5) para debater o futuro da legenda na sucessão presidencial. O encontro ocorre no momento em que a pré-candidatura do tucano está em xeque dentro do partido.
Logo após a reunião, às 12h, Doria iniciou um pronunciamento à imprensa. A expectativa é de que ele anuncie se vai ou não se manter na disputa nacional.
Líderes da sigla se movimentam para desconsiderar o resultado das prévias que escolheu o ex-governador como nome do partido para disputar a eleição presidencial e planejam se unir ao MDB e ao Cidadania em torno da pré-candidatura de Simone Tebet (MDB).
Uma ala considerável do partido considera que a emedebista é o melhor nome para compor a candidatura da terceira via. O martelo dos três partidos deve ser batido ainda nesta semana, mas tudo indica que será Tebet a escolhida por ter o nome com menos rejeição.

João Agripino da Costa Doria Junior, nascido em 1957, é empresário, publicitário, jornalista e político brasileiro. Natural de São Paulo, foi eleito governador do estado para o mandato de 2018 a 2022 Igo Estrela/Metrópoles

Filho do publicitário e ex-deputado federal João Doria e da empresária paulista Maria Sylvia Vieira de Moraes Dias Doria, o atual governador de São Paulo e sua família precisaram morar por anos na França, após o pai ter sido perseguido durante a ditadura militar Fábio Vieira/Metrópoles

Em 1970, após voltar ao Brasil, Doria pediu estágio em uma empresa publicitária no departamento de rádio e TV. Tomou gosto pela carreira, ingressou em um curso de comunicação e, mais tarde, tornou-se diretor da Rede Bandeirantes de Televisão Fábio Vieira/Metrópoles

Doria também foi colunista da revista IstoÉ Dinheiro, apresentou o reality show Aprendiz e o Aprendiz Universitário. Foi também editor de livros, palestrante no Brasil e no exterior, e fundador do grupo Doria, de comunicação e marketing Fábio Vieira/Metrópoles

João também foi secretário de Turismo de São Paulo, presidente da Paulistur e da Embratur Governo de São Paulo

Em 2012, foi eleito umas das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista IstoÉ e, em 2014, eleito como um dos cem lideres de melhor reputação pela revista Exame Igo Estrela/Metrópoles

Em 2001, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e, em 2016, lançou-se candidato à prefeitura de São Paulo. Eleito, Doria se tornou o primeiro candidato a ocupar o cargo em primeiro turno desde 1992 Hugo Barreto/Metrópoles

Cerca de 15 meses depois de tomar posse como prefeito, renunciou ao cargo para concorrer ao governo de São Paulo Igo Estrela/Metrópoles

Em 2018, venceu Márcio França na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes Hugo Barreto/Metrópoles

Durante a pandemia da Covid-19, Doria ganhou força ao se posicionar contra o presidente Jair Bolsonaro. Durante o ano de 2020, uniu-se ao Instituto Butantã para desenvolver uma vacina eficaz contra o coronavírus. Em 2021, organizou coletiva para vacinar a primeira pessoa no Brasil Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

Doria, no entanto, também coleciona polêmicas. Além de ter virado réu, acusado de receber propina para beneficiar o consórcio FM Rodrigues/CLD enquanto era prefeito, o empresário causou confusão com educadores após mandar retirar de escolas apostilas sobre identidade de gênero. Durante a pandemia, não agradou os paulistas ao ter viajado, mesmo depois de endurecer as regras de isolamento no estado Fábio Vieira/Metrópoles

Opositor de Bolsonaro nas Eleições de 2022, Doria venceu as previas do PSDB e, até o momento, está oficializado como pré-candidato à Presidência da República Igo Estrela/Metrópoles
O ex-governador, no entanto, tem se mantido firme na decisão de disputar o pleito e considera que está sendo traído por correligionários.
Na última quinta (19/5), o MDB, PSDB e Cidadania publicaram uma nota conjunta na qual lembram que o acordo de uma candidatura única da chamada “terceira via” sempre foi explicitado, e que o próprio Doria o havia aceitado.
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