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Biblioteca da Escola Superior de Ciências da Saúde é interditada por risco de desabamento

Novacap e Defesa Civil isolaram o prédio, em que estão duas secretarias, o protocolo e a lanchonete da faculdade

atualizado

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Arquivo pessoal
bce fepecs
1 de 1 bce fepecs - Foto: Arquivo pessoal

As demandas para o novo secretário de Saúde, Humberto Fonseca, não estão restritas aos hospitais. No dia de sua posse, a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) se tornou mais um dos problemas que ele precisará resolver com urgência. O prédio da Biblioteca Central da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (BCE/Fepecs) foi interditado desde o dia 2 de março pela Defesa Civil por risco de desabamento.

A estudante de medicina Camila Torres, de 19 anos, contou ao Metrópoles que um tremor no edifício fez com que as rachaduras já existentes aumentassem de tamanho. “Agora estamos sem espaço para estudar, porque as salas que sobraram estão sendo utilizadas. Estamos em busca de outras bibliotecas da cidade”, relata.

Os alunos enviaram e-mail solicitando uma reunião com o diretor da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), Armando Raggio. Em nota, eles receberam a informação de que seriam necessários de “oito meses a um ano” para consertar os problemas estruturais da biblioteca e que “os recursos financeiros para essa reforma não estão disponíveis de imediato”.

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A Fepecs informou, em nota, que o acervo da biblioteca e os demais setores afetados foram transferidos, temporariamente, para outras áreas da faculdade. O edifício também é ocupado pelas secretarias de Curso e Acadêmica, o protocolo e a lanchonete do campus.

De acordo com a Secretaria de Saúde, “o documento informa que a interdição se deve à evolução de fissuras, rachaduras em piso, pilar e alvenaria encontradas pela equipe da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que monitora o prédio desde outubro de 2015”. A Fepecs aguarda o laudo final da Novacap com os projetos básicos para a recuperação do edifício.

Redes sociais
A revolta é ainda maior por conta da resposta da Secretaria de Saúde aos comentários nas redes sociais: de acordo com os alunos, a pasta tem excluído os comentários e banido usuários da página no Facebook.

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A Secretaria de Saúde confirmou que o Facebook da pasta tem recebido diversos comentários sobre o assunto.

Contudo, alguns usuários da rede social têm enviado spam sobre a ESCS em todas as postagens feitas pela pasta e não somente as que tratam do tema. O uso do Facebook é baseado em uma política de relacionamento. A secretaria informa, ainda, que quatro usuários foram bloqueados por serem reincidentes e estarem infringindo regras, conforme previsto nos termos de uso citados

Secretaria de Saúde, em nota

Além de problemas com a estrutura, os estudantes reclamam da falta de professores na instituição. “Na nossa metodologia, temos um docente para cada 10 alunos. Desde o ano passado, estamos aumentando os grupos, que já chegam a 15 estudantes, para que ninguém fique sem. Até o pessoal da parte administrativa está entrando em campo para suprir a falta de pessoal”, alegou Camila.

A pasta admitiu que a ESCS tem um déficit de docentes por conta do elevado número de aposentadorias e afirmou que aguarda a deliberação da secretaria para a designação de novos professores para a instituição.

Colaborou Paulo Lannes

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