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DF: assassino de Luciana não ficará em cela isolada na Papuda

Análise do Sesipe aponta que não há risco a Alan Fabiano de Jesus, suspeito de feminicídio em crime ocorrido no Sudoeste

atualizado

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vigilante alan fabiano
1 de 1 vigilante alan fabiano - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

O autor do assassinato de Luciana de Melo Ferreira, 49 anos, está encarcerado no Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo penitenciário da Papuda. O ex-namorado da vítima Alan Fabiano Pinto de Jesus, 45, aguarda o julgamento atrás das grades.

Antes da transferência do réu do Hospital de Base para o presídio, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) se encarregou de fazer uma análise de risco sobre as possibilidades de o vigilante sofrer retaliações na cadeia.

Os servidores avaliaram que Alan não precisaria ficar completamente isolado, em cela individual ou tomando banho de sol sozinho no pátio. Ele foi colocado em uma cela com um número menor de internos que aguardam julgamentos por tipos variados de crimes. De acordo com fontes ouvidas pelo Metrópoles, o assassino confesso aparenta tranquilidade desde o dia 31 de dezembro, quando foi transferido.

Também no dia 31, a Polícia Civil relatou o inquérito que apura a morte de Luciana. Câmeras de segurança do prédio onde a vítima morava, no Sudoeste, registraram o momento em que o vigilante monitora a chegada dela ao apartamento, na noite de 21 de dezembro.

Confissão

Mais de uma semana após o crime, o vigilante confessou ter matado a ex-namorada porque ela não quis reatar o relacionamento. O depoimento prestado aos investigadores, em 30 de dezembro, durou mais de duas horas.

De acordo com a polícia, o vigilante contou que foi à casa de Luciana na tentativa de reatar. Mas, de acordo com ele, a mulher teria dito que não queria conversa e tentou tirá-lo da residência.

Alan falou que ela pegou uma tesoura para atacá-lo e ele só se defendeu. Para os investigadores, entretanto, essa versão não bate com os resultados dos laudos. Os peritos encontraram 48 perfurações no corpo de Luciana, a maioria nas costas.

Câmeras de segurança registraram a presença do suspeito na escada do prédio onde o crime ocorreu. Ele aparece nas imagens (veja abaixo) munido de um objeto ainda não identificado.

“O crime está enquadrado em homicídio qualificado pela emboscada, motivo fútil e feminicídio desde que ele foi preso em flagrante. Essa parte está finalizada”, explicou o Ricardo Vianna, delegado-chefe da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro).

As investigações, no entanto, prosseguem com o pedido de medidas cautelares em relação a objetos que desapareceram do apartamento da vítima, como a bolsa de Luciana.

Dia do crime

Imagens do circuito do Bloco A10 da QRSW 2 mostram que o vigilante chegou ao edifício de Luciana às 20h31 do dia 21 de dezembro. Ele abriu a porta com a senha de segurança.

Alan vestia um casaco com capuz. Às 22h32, a vítima chegou. Vinte minutos depois, o vigilante saiu do prédio levando uma bolsa da ex. Os investigadores responsáveis pelo caso acreditam que ele carregou o objeto para simular latrocínio (roubo seguido de morte) e evitar suspeitas sobre ele.

Confira vídeo que mostra Alan no prédio de Luciana:

Tornozeleira

O rapaz usou tornozeleira eletrônica até 4 de dezembro por tentativa de homicídio contra Luciana. Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, o acusado teria provocado, de propósito, um acidente de carro para ferir a vítima quando ela disse que queria terminar o relacionamento.

tentativa de feminicídio ocorreu em outubro deste ano. O vigilante a ameaçou de morte e jogou o veículo em que ambos estavam contra uma árvore. Luciana pulou momentos antes da colisão e se feriu.

Na época, o homem, que é morador de Ceilândia, foi preso em flagrante e denunciado por violência doméstica. Ele passou semanas detido, até que a Justiça concedeu liberdade, mediante uso de tornozeleira eletrônica. Em 21 de outubro, ocorreu a audiência de custódia.

Para ser solto, Alan teve que, além de usar tornozeleira, pagar fiança de R$ 2 mil e se comprometer a manter distância de ao menos 500 metros da vítima. Em 4 de dezembro, a Justiça autorizou a retirada do dispositivo.

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