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Corpo de brasiliense morto em Londres será enterrado neste domingo

Cristopher de Carvalho Guedes, de 26 anos, morreu após ser atingido por uma viatura da polícia em Londres no dia 12 de outubro

atualizado

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Reprodução/Arquivo Pessoal
Homem de casaco branco
1 de 1 Homem de casaco branco - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O corpo do brasiliense Cristopher de Carvalho Guedes (foto em destaque), de 26 anos, morto após ser atingido por uma viatura da polícia em Londres, será velado e enterrado neste domingo (5/11), no Gama. Familiares e amigos vão se despedir do jovem depois de um longo processo no translado do corpo.

Cristopher pilotava uma moto quando uma viatura ultrapassou o sinal vermelho na via oposta e o atingiu. O acidente ocorreu em 12 de outubro. Desde então, a família organizava uma vaquinha para conseguir custear o translado do corpo do brasiliense para o Distrito Federal.

“O corpo do meu irmão foi liberado, foi encaminhado pra funerária. A funerária entrou com todos os trânsites pra arrumar o corpo, porque ele ficou bem machucado por conta do acidente. Ele teve escoriações por toda a parte do corpo. Do corpo, do rosto, da cabeça, dos dentes. Ficou bem machucadinho mesmo, né?”, conta Thaisa Guedes, irmã da vítima.

O corpo chegou na última quinta-feira (2/11), mas, por conta de problemas com documentos, a família só conseguiu organizar o sepultamento neste sábado (4/11). “O consulado brasileiro tinha entregue um documento para Jennifer, que é a esposa do meu irmão, via e-mail, e falou que ia conseguir resolver tudo com esse documento. Quando a gente foi no cartório para tentar resolver todos os trâmites, exigiram o original, que estava junto com o corpo”, explica a familiar.

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Depois de uma liminar judicial, eles finalmente conseguiriam a liberação do corpo para o velório: “O coração da gente fica apertado porque sabemos que vamos nos despedir de vez, que nunca mais vamos ver, mas fica um pouco aliviado, porque sabe que depois de quase um mês a gente vai conseguir viver o luto, vai conseguir chorar, vai conseguir se despedir e dar um enterro digno para ele”, completa ela.

Acidente

Antes de se mudarem para a Inglaterra, Cristopher e sua esposa moravam no Gama. Ele havia se mudado para a Europa havia um mês e tentava conseguir um emprego com a esposa.

Primo da vítima, Wanderson estava com o rapaz no momento do acidente. Ele relatou que as equipes de socorro ficaram no local do acidente por cerca de 40 minutos. Depois, uma ambulância levou a vítima para um hospital a uma hora de distância. “Havia outros mais próximos, mas disseram que só aquele [para o qual se dirigiram] tinha preparo para a situação”, contou.

O motociclista deu entrada na unidade de terapia intensiva (UTI) com vida, mas não resistiu. O cérebro de Cristopher chegou a inchar devido à falta de oxigênio, segundo Wandeson.

“Ele estava muito feliz. Todas as vezes, falava como lá [em Londres] era maravilhoso, que a comida era mais barata, que tinha lugares lindos, que ele morava ao lado de um estádio de futebol enorme…”, lembrou a irmã de Cristopher.

Ela também disse que o irmão elogiava o tráfego da cidade: “Por incrível que pareça, ele dizia que o trânsito de lá era muito bom, que as pessoas andavam devagar e não corriam, como aqui no Brasil, que as pessoas eram educadas e não precisávamos nos preocupar”.

Thaisa acrescentou que Cristopher também queria levá-la para Londres e que a mudança estava planejada para o fim deste ano. Após a morte do irmão, porém, os planos foram cancelados. “Perdi um pedaço de mim em busca de um sonho lá”, lamentou.

Indícios de crime

O Independent Office for Police Conduct (IOPC), escritório independente que apura a conduta de policiais na Inglaterra, investiga o caso do atropelamento que matou o brasileiro.

O policial que estava ao volante é investigado por direção perigosa com morte como resultado. Além disso, o IOPC informou que encontrou indícios da ocorrência de um crime, embora as investigações estejam nos estágios iniciais.

Depois de concluir as apurações, o escritório decidirá se encaminhará o caso ao Ministério Público da Coroa (CPS), o que pode transformar o policial em réu, e se ele será alvo de processo disciplinar.

O IOPC recolheu e revisou vídeos gravados pelas câmeras do uniforme policial e do painel do carro que ele dirigia. As imagens mostram que o motorista ultrapassou o sinal vermelho, com luzes e sirenes ligadas, para atender a uma emergência. Contudo, o órgão não revelou qual seria a ocorrência.

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