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Com dívida bilionária, CEB vai reduzir gastos com pessoal e contratos

Subsidiária de distribuição vem acumulando prejuízo ao longo dos anos com negócios malsucedidos e folha salarial pesada

atualizado

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Vinícius Santa Rosa / Metrópoles
Novos diretores da CEB visitam a Usina Hidrelétrica do Paranoá
1 de 1 Novos diretores da CEB visitam a Usina Hidrelétrica do Paranoá - Foto: Vinícius Santa Rosa / Metrópoles

A Companhia Energética de Brasília (CEB) vai ter que reinventar sua gestão para tentar recuperar uma dívida de R$ 1 bilhão da subsidiária CEB Distribuição. Embora o resultado da companhia em geral tenha sido positivo e alcançado o valor de R$ 89,9 milhões, em 2018, a distribuidora teve comportamento distinto e apresentou prejuízo de R$ 33,7 milhões no mesmo período.

O resultado negativo tem sido frequente e precisa ser estancado, de acordo com o diretor-presidente da CEB, Edison Garcia. A saúde financeira da distribuidora tem demandado da holding aportes frequentes, com necessidade de venda de terrenos e aquisição de empréstimos. O déficit bilionário foi acumulado ao longo dos anos com negócios malsucedidos, dívidas e uma folha salarial pesada.

O balanço de 2018 da companhia foi apresentado nesta quarta-feira (3/4). Apesar dos problemas, Garcia disse descartar a privatização da empresa. A busca pelo equilíbrio, segundo ele, passará por medidas como redução de gastos com pessoal, material e serviços. Além disso, pretende fazer a auditoria em contratos de iluminação pública, cobrança de dívidas, melhorias nas barragens, entre outros.

Hoje, a CEB Distribuidora mantém uma folha de pagamento média de R$ 16,5 milhões mensais – 15% acima dos níveis regulatórios da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de R$ 14 milhões.

A folha era de R$ 22 milhões em 2017 e caiu após um programa de desligamento voluntário (PDV). “Em outras ocasiões, trabalhamos com o PDV. Embora não esteja descartado, vamos estudar a melhor maneira de mudar a gestão”, disse o presidente.

Outro problema para os cofres combalidos da distribuidora é a perda de receitas. Por isso, Garcia diz que os “gatos” de eletricidade no DF não serão mais tolerados. A CEB estima que o governo deixa de arrecadar R$ 200 milhões com o uso irregular de energia. Isso geraria R$ 38 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Manoela Alcântara/Metrópoles
Presidente da CEB, Edison Garcia (ao centro), durante apresentação do balanço de 2018

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