Após pane, sindicato critica terceirização da manutenção do metrô
Na manhã desta terça-feira (28/2), passageiros que dependem do sistema metroviário enfrentam o caos após pane geral no metrô do DF
atualizado
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O sindicato de trabalhadores do Metrô-DF criticou a contratação emergencial da empresa escolhida para prestar serviços de manutenção à companhia. Em 2021, a MPE Engenharia e Serviços S.A foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por fraude. O extrato do contrato, assinado em 10 de fevereiro de 2023, foi publicado nessa segunda-feira (27/2), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
Na manhã desta terça-feira (28/2), passageiros que dependem do sistema metroviário enfrentam o caos. Todas as estações do DF amanheceram fechadas, devido a um problema de sinalização. O resultado são paradas e ônibus lotados e trânsito pesado.
De acordo com a Companhia do Metropolitano, a causa do problema foi o rompimento de cabos de fibra ótica provocado por ato de vandalismo. “Houve ainda furto de cabos de energia. Neste momento, as equipes de manutenção estão trabalhando nos locais”, destacou a empresa em nota, por volta das 8h30.
“Falam em privatizar o Metrô, mas a gente já vê que não funciona, porque temos uma empresa de manutenção privada que não resolve o problema”, disse Neiva Lopes, diretora de comunicação do SindMetrô-DF.

Pane no metrô foi causada por furto de cabos de energia Breno Esaki/Especial Metrópoles

Filas em pontos foram registradas em todo o DF Breno Esaki/Especial Metrópoles

Ônibus partiam lotados de passageiros em Taguatinga Breno Esaki/Especial Metrópoles

Passageiros tentam entrar em ônibus lotado Breno Esaki/Especial Metrópoles

Trânsito foi prejudicado pela pane no metrô do DF Breno Esaki/Especial Metrópoles
Falta de segurança
A diretora de comunicação do SindMetrô-DF diz que a segurança não é suficiente para dar conta de toda a linha no período da noite. “Houve esse furto de cabos de madrugada e aí não tem como o sistema operar agora”, comenta.
“Há uns quatro anos o Metrô reduziu a segurança à noite. Entramos com ação na Justiça e ganhamos, mas o número de funcionários voltou reduzido. Esses empregados voltaram agora, há um mês”, afirma Neiva.
Nesta manhã, a companhia informou que elaborou uma estratégia para restabelecimento do sistema e reparo das fibras rompidas, a fim de colocar os trens de volta em circulação “o mais brevemente possível”.
O Metrópoles questionou o Metrô sobre as acusações do SindMetrô. O espaço está aberto para posicionamentos.