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“Agora duas famílias choram”, diz viúva de PM que atirou em colega

Em tom de desabafo, a mulher destacou que faltou assistência ao marido. “Você dedicou sua vida inteira à PMDF e o que fizeram com você?”

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Matheus Veloso/Metrópoles @mvelosofoto
Foto colorida com PM e coroa de flores
1 de 1 Foto colorida com PM e coroa de flores - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles @mvelosofoto

A viúva do policial militar Paulo Pereira de Souza publicou nas redes sociais uma mensagem de carinho ao marido. O sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) atirou contra um colega, dentro da viatura, e tirou a própria vida em seguida no último domingo (14/1). “Agora duas famílias choram”, declarou a viúva.

Em tom de desabafo, a mulher destacou que faltou assistência ao marido. “Você foi um herói, dedicou sua vida, uma vida inteira à Polícia Militar do Distrito Federal. E o que fizeram com você quando mais precisou? Deixaram você sem nenhuma assistência, deixaram você trabalhar doente. Acharam que transferir você para outro batalhão seria a solução”, disse.

Foto de publicação de post
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Segundo a viúva, o Estado é o maior culpado do que ocorreu. Ela ressaltou ainda que não recebeu sequer uma ligação após o ocorrido. “Será que agora vão fazer alguma coisa? Espero que sim, para que nenhuma família passam por o que nós estamos passando”.

Relembre

O  soldado Yago Monteiro Fidelis, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), morreu no último domingo (14/1). Ele foi baleado na cabeça por um sargento, que tirou a própria vida em seguida. O enterro ocorreu nesta terça-feira (16/1).

O caso ocorreu na manhã deste domingo, no Recanto das Emas. Yago chegou a ser levado em estado gravíssimo ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas não sobreviveu.

O PM que se matou era o segundo-sargento Paulo Pereira de Souza; o soldado Yago era motorista do veículo; e o militar no banco do carona era o também segundo-sargento Diogo Carneiro dos Santos.

Busque ajuda

Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.

Arte/Metrópoles

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender a demandas relacionadas a transtornos psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, em ambulância, como a distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.

Disque 188

A cada mês, em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem, 24 horas por dia, a quem precisa.

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