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Profissionais de enfermagem entre os mais ameaçados com Covid-19

Presentes no atendimento de pacientes, enfermeiros, técnicos e auxiliares estão na linha de frente ao combate do coronavírus

Fonte: Ministério da Saúde
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atualizado

O primeiro contato do paciente com suspeita de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) é com a equipe de enfermagem. Esses profissionais participam ativamente de todas as etapas do tratamento e, por isso, são mais vulneráveis à ameaça. A preocupação não mora apenas no risco do próprio contágio, já que o perigo ronda os familiares de enfermeiros, técnicos e auxiliares da categoria. Além disso, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), em alguns hospitais, é um problema em quase todo território nacional.

“Uma das medidas que estamos pedindo, além da disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), é que o Ministério da Saúde disponibilize recursos para a contratação emergencial de profissionais”, afirma Manoel Neri, presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). O primeiro contato com o paciente que chega nas unidades hospitalares é com o profissional de Enfermagem, que participa ativamente no processo de triagem dos potenciais novos casos de infecção pela doença.

Para minimizar os riscos de contágio, o Cofen publicou, em 20 de março, cartilha com recomendações de segurança importantes para os profissionais da categoria que estão, diariamente, no combate à pandemia no país. “Se nós não tratarmos dos recursos necessários para proteger os profissionais de saúde nós poderemos ter, ainda no início da pandemia, muitos profissionais de Enfermagem na quarentena”, aponta Manoel Neri.

“Todos os pontos da cartilha são relevantes. Porém, eu destaco a tabela de orientação ao uso de EPIs”, disse Walkírio Almeida, membro do Comitê de Gestão de Crise sobre coronavírus do Sistema Cofen/Conselhos Regionais. O objetivo principal da cartilha é passar recomendações de segurança para que as equipes de Enfermagem façam o acolhimento dos pacientes do jeito correto e seguro, da forma que preserve o profissional.

 

O achatamento da curva epidêmica

Durante as próximas semanas, muitos brasileiros ainda devem ser infectados pelo novo coronavírus (Covid-19). A maior preocupação dos governadores é a superlotação nas unidades hospitalares. De acordo com pesquisas realizadas na USP (Universidade de São Paulo), na Unesp (Universidade Estadual Paulista) e na UFABC (Universidade Federal do ABC), o número de casos dobra no Brasil a cada 2,5 dias.

Para retardar o avanço da Covid-19, medidas de isolamento social diminuem a velocidade de propagação do vírus. Com menos pessoas infectadas, menor o risco de superlotação em hospitais pelo país e maior qualidade no atendimento de pacientes. Em resumo, o achatamento da curva epidêmica evita a sobrecarga do sistema de saúde brasileiro e entrega tranquilidade para o profissional de Enfermagem trabalhar com segurança.