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Sexo e coronavírus: é seguro transar durante a quarentena?

Especialista responde à pergunta e tira dúvidas sobre riscos de transmissão e aumento da imunidade por meio do orgasmo

atualizado

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Casal com homem de máscara
1 de 1 Casal com homem de máscara - Foto: Foto: Getty Images

Em meio à crise do novo coronavírus e os dias em isolamento social, as pessoas mundo afora têm tido que ser criativas para encontrar entretenimento – o que, inclusive, está gerando diversos memes.

Já é sabido que a masturbação, além de ser extremamente saudável e recomendada na rotina normal, pode ser uma grande aliada durante o período de quarentena. Mas fica o questionamento: está liberado fazer sexo?

Ao partir do princípio da necessidade de distanciamento social e da recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde de manter, pelo menos, dois metros de distância das pessoas, infere-se que, assim como beijos e abraços, o sexo está incluído.

Nos últimos dias, surgiram inclusive algumas imagens que indicam posições sexuais “seguras” para transar, ilustrando dois bonecos de máscara. Porém, de acordo com o infectologista Dr. Leandro Machado, não há segurança garantida em um ato sexual neste momento.

“A não ser em uma relação virtual, não existe maneira de manter a distância recomendada durante o sexo. A transmissão se dá pelo contato com gotículas da pessoa infectada, e durante uma transa dificilmente se tem controle delas. Se uma das pessoas estiver com o vírus, a transmissão vai ocorrer”, explica o médico.

Sem contar que, para começar, encontrar com alguém para um encontro sexual já é condenável pelo motivo de que, para isso acontecer, é necessário sair de casa.

Quarentena juntos

Nem tudo (pelo menos não para todo mundo) está perdido, sexualmente falando. O cenário muda quando trata-se de casais que moram na mesma casa e estão fazendo o isolamento juntos.

De acordo com o especialista, nesse caso os riscos são menores. “Se o casal está em quarentena junto e os dois estão assintomáticos, as chances de contaminação são bem menores”, diz.

Mas vale lembrar: as chances só são reduzidas se nenhum dos dois estiver sob suspeita. Caso contrário, também não é indicado aumentar os riscos – que já são altos ao estarem na mesa casa – de infectar o(a) parceiro(a).

Orgasmo = mais imunidade?

Outra informação que circulou ultimamente foi a dos benefícios que o orgasmo traria para a imunidade, consequentemente protegendo as pessoas do vírus. Contudo Dr. Leandro alerta que não é indicado se apoiar nisso.

“O orgasmo pode melhorar o seu humor, a qualidade do seu sono, mas ele não vai melhorar a sua imunidade em um nível que seja suficiente para te proteger da infecção do corona. Não chega a ser uma indicação profilática”, garante.

Em outras palavras, assim como para todos os outros tipos de contato, este não é o melhor momento para fazer sexo. O mais seguro é esperar, já que é um período de sacrifícios de modo geral, e para um bem maior.

Mas não esqueça: em tempos de evitar contato, a masturbação pode ser sua melhor amiga. Uma ode ao autoprazer!

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