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Por que A Viagem ainda faz sucesso após 30 anos da exibição original?

Reprisada duas vezes no Vale a Pena Ver de Novo e duas no Viva, a novela entrou para o catálogo do Globoplay

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Rede Globo/Reprodução
Otávio (Antônio Fagundes) e Diná (Christiane Torloni) em A Vidagem
1 de 1 Otávio (Antônio Fagundes) e Diná (Christiane Torloni) em A Vidagem - Foto: Rede Globo/Reprodução

Considerada uma das novelas mais marcantes de todos os tempos, A Viagem chegou ao Globoplay pouco tempo depois de fazer sucesso no Viva. Mesmo depois de 30 anos de sua exibição original, a trama de Ivani Ribeiro continua encantando os telespectadores. Mas por que o público continua voltando para ver a mesma história de novo?

“Eu creio que o sucesso dessa novela é muito significativo, porque em momentos instáveis e de angústias, A Viagem acaba sendo um antídoto. Eu percebo que ela tem esse lugar no coração das pessoas, traz conforto, apaziguamento, consolo”, opina Christiane Torloni. A atriz ainda ressalta a relação com sua personagem: “Com todas essas reprises, ela é como uma fênix: ela vem, reacende, incendeia e traz de novo toda a luz sobre esse tema incrível. A Diná se tornou uma grande parceira minha, com certeza”.

Na época da novela, a curiosidade em torno das questões ligadas ao espiritismo que eram abordadas no enredo fizeram com que a venda de livros relacionados aumentassem 50%. Os números de audiência foram bastante expressivos, e A Viagem acabou sendo a novela mais vista do horário das 19h em toda a década de 1990, com média geral de 52 pontos de audiência. É tão querida pelo público que já ganhou duas reprises no Vale a Pena Ver de Novo – uma em 1997 e outra em 2006 – e duas no Canal Viva, em 2014 e 2021. Foi ainda lançada em DVD num box que resume seus 167 capítulos em 37 horas divididas em 14 discos, no ano passado.

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Abaixo, listamos alguns motivos que fazem da novela um sucesso em qualquer tempo.

A temática espírita

Com uma história que envolve vida após a morte e espíritos obsessores, A Viagem fala sobre assuntos que tocam no imaginário, na curiosidade e até mesmo na fé dos telespectadores. A trama emociona com a mensagem de que a vida não acaba e que o amor dura até depois da morte, e ainda leva o público a sonhar com universos para além de sua compreensão. Cláudio Cavalcanti contou que recebia muitas cartas de telespectadores dizendo-se reconfortados por suas palavras na novela. As cartas eram dirigidas ao seu personagem, o médium Dr. Alberto.

Casal querido

Talvez A Viagem tenha sido o único caso em que o público sempre torce para a mocinha morrer e encontrar o amado no paraíso. O casal formado por Otávio (Antônio Fagundes) e Diná (Christiane Torloni) se tornou um dos mais queridos da história da teledramaturgia. Os dois atores esbanjaram química em cena e cativaram o público, que queria que Diná morresse logo para encontrar Otávio.

A trama ganha um novo rumo com a morte de Otávio, após um acidente de carro, também provocado por Alexandre. Diná e Otávio passam a viver um amor transcendental, que supera todas as barreiras. Distante, ele manda sinais à amada na Terra. Ela acaba adoecendo, morre e parte ao seu encontro. Finalmente, juntos em outro plano, em um lugar denominado Nosso Lar, os dois agem juntos para neutralizar a má influência de Alexandre sobre os vivos.

Vilão diferente

O personagem que conduz as tramas é Alexandre (Guilherme Fontes). Rico e desajustado, ele tenta roubar o cofre da empresa em que trabalha, mas é pego em flagrante e entregue à polícia pelo irmão Raul (Miguel Falabella), e o cunhado, Téo (Maurício Mattar). Além disso, é abandonado por sua namorada, Lisa (Andréa Beltrão), e não consegue advogado para defendê-lo. Alexandre é condenado e, sem esperança, comete suicídio na prisão. A partir de então, seu espírito passa a infernizar a vida de todos que julga responsáveis por seu trágico destino. As cenas de Alexandre como espírito obsessor viraram meme, gif e sempre fazem sucesso.

Laura Cardoso lembrou que as cenas em que sua personagem, Guiomar, era obsidiada pelo espírito de Alexandre eram exaustivamente ensaiadas, para transmitir credibilidade ao telespectador. Segundo a atriz, algumas crianças chegavam a ter medo dela por causa das cenas em que Guiomar assumia uma expressão de ódio.

Cenários

O Paraíso, lar das almas boas após a morte, também foi representado na novela, após a o acidente fatal de Otávio e o infarto fulminante de Diná. Para fugir das imagens estereotipadas de representação do “céu cristão”, o local escolhido para representá-lo era nada menos do que um campo de golfe em Nogueira, no distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio. O Vale dos Suicidas, para onde Alexandre segue após sua morte, foi ambientado em uma pedreira desativada no bairro de Niterói.

Mistério

Outro personagem que deu o que falar e que despertou a curiosidade dos fãs da novela foi o Mascarado. Interpretado por Breno Moroni, o Mascarado é na verdade Adonay, homem que sofreu um grave acidente no passado e que teve seu rosto desfigurado e, por isso, se esconde atrás de uma máscara. Especulação por parte do público durante toda a exibição da novela, o rosto e identidade do Mascarado foi revelada na fase final, ao se declarar para sua antiga paixão, Carmen (Suzy Rêgo), que foge com medo de sua aparência.

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