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Tucano diz que candidatura de Alckmin a vice de Lula é “incoerente”

Senador Izalci Lucas (DF) disse que há contradições entre o que o ex-governador de SP “sempre pregou” e o aceno de integrar chapa do PT

atualizado

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Filipe Cardoso/Metrópoles
Geraldo Alckmin
1 de 1 Geraldo Alckmin - Foto: Filipe Cardoso/Metrópoles

O senador Izalci Lucas, que preside o diretório do PSDB no Distrito Federal, afirmou, neste domingo (19/12), que enxerga contradição na possível candidatura do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido) a vice-presidente na possível chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O que lamento — e espero que não aconteça — é que haja uma contradição entre o que ele [Alckmin] sempre pregou, sempre falou, com a candidatura como vice do Lula, que é um negócio totalmente incompatível, incoerente, né? Se você pegar os discursos da última campanha, eram todos discursos muito fortes contra o PT, contra o próprio Lula, então, é muito seria muita incoerência, né? Que tem uma tradição, que tem um um histórico de prestação de serviço a São Paulo e o país, simplesmente aproveitar isso e ser vice-presidente”, disse.

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Desentendimentos

De acordo com Izalci, a recente saída de Alckmin do ninho tucano ocorreu por falta de entendimentos entre o agora ex-tucano e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

“A questão da saída do Alckmin é questão de espaço político. Existe, internamente, também, como em qualquer partido, tendências. O Alckmin já foi quatro vezes governador, já foi candidato a presidente… Eu acho que poderia ter contribuído mais indo para o Senado, porque eu acho que somaria mais. Depois de quatro mandatos, duas candidatura majoritárias para presidente e querer voltar a ser governador, no momento em que existe um governo do PSDB também. O Doria tinha os acordos lá, então, a questão é interna mesmo ,” afirmou.

As declarações do senador Izalci Lucas foram dadas após o sepultamento, em Brasília, do tucano Antônio Sanchez Sales, fundador do partido no Distrito Federal.

O correligionário foi brutalmente assassinado após sofrer golpes de cano e de facão de um criminoso que invadiu a residência da família.

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