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Irmã de Marielle lança em Brasília pesquisa sobre violência política

Anielle Franco dirige instituto que leva o nome da vereadora assassinada em 2018 e que passou a mapear onda de agressões por gênero e raça

atualizado

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Mayara Donaria / Divulgação
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1 de 1 anielle - Foto: Mayara Donaria / Divulgação

O Instituto Marielle Franco lançou, nesta quinta-feira (9/12), uma pesquisa que está mapeando a violência política de raça e gênero no país. O trabalho é coordenado por Anielle Franco, diretora-executiva da entidade e irmã da vereadora carioca, assassinada em  março de 2018.

O instituto ouviu 11 mulheres parlamentares negras e LGBTQIA+ das cinco regiões geográficas brasileiras. O material será produzido por meio de entrevistas a fim de fazer um retrato sobre a atual situação dos direitos políticos das mulheres negras no Brasil.

“As mulheres negras que entrevistamos, antes de serem vereadoras ou deputadas, são também defensoras de direitos humanos. Essa classificação é importante para entender as violências às quais elas são submetidas quando acessam a política institucional”, disse Anielle.

Entre as entrevistadas pelo Instituto Marielle Franco estão as deputadas federais Talíria Petrone (PSol-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ), além da vereadora por São Paulo Erika Hilton (PSol).

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“As mulheres negras defensoras de direitos humanos sofrem violência política não apenas pela sua cor, identidade de gênero ou sexualidade, mas pelas pautas que defendem, pelo que já faziam antes de estar na política. Elas são triplamente vulnerabilizadas ao chegarem na política”, reforça.

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Dados

Na última pesquisa realizada pelo instituto, constatou-se que 44,3% das candidatas negras sofreram algum tipo de violência racial durante a atividade política nas eleições.

No mesmo levantamento, 78,1% das participantes relataram ter sofrido algum tipo de violência virtual, sendo essa a violência política mais apurada.

Com relação às denúncias realizadas, apenas 32,6% das participantes afirmaram ter denunciado algum dos casos de violência que sofreu.

Além disso, 71% das entrevistadas contaram não ter contado com nenhum apoio para entender quais medidas de proteção poderiam ser buscadas a fim de ajudar na superação das situações de violência pelas quais passaram.

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