Com tecnologia 3D, Tommy Hilfiger chega a design 100% digital
A marca norte-americana está em processo para incorporar uma produção mais sustentável e rápida
atualizado
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Ao longo dos anos, a tecnologia imprime mudanças significativas na sociedade e, consequentemente, na moda. A Tommy Hilfiger é uma das labels que abraçaram os avanços de vez. A marca norte-americana anunciou que, gradualmente, vai incorporar a ferramenta 3D em todas as equipes globais de design de vestuário. Os produtos existirão exclusivamente nesse formato até que sejam confeccionados fisicamente para desfiles e vendas.
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As mudanças começaram a valer na sede da etiqueta, em Amsterdã, na Holanda. O objetivo é digitalizar todo o processo de produção da Tommy Hilfiger, eliminando esboços no papel e amostras físicas de roupas.
A iniciativa pretende promover uma confecção que não gere lixo. Segundo Daniel Grieder, CEO da Tommy Hilfiger Global e PVH Europe, as alterações proporcionarão economia de tempo e de custos para a empresa.
“O potencial do design 3D é ilimitado, permitindo-nos atender às necessidades dos consumidores de maneira mais rápida e sustentável”, disse o executivo em comunicado oficial. “A tecnologia se tornou uma ferramenta fundamental em nosso design de coleção e tem o potencial de acelerar significativamente nossa velocidade de comercialização e substituir completamente a fotografia tradicional de produtos”, completou.
A grife vai lançar uma coleção-cápsula de outono 2020 com peças criadas, desenvolvidas e vendidas de forma totalmente digital. Além disso, a ideia é que todas as roupas da Tommy Hilfiger, a partir da primavera/verão de 2022, sejam completamente projetadas por meio da plataforma tridimensional.
Para atingir a meta, a Tommy Hilfiger fundou uma incubadora de tecnologia, batizada de Stitch. Lá, os trabalhadores da sede internacional da label estão recebendo treinamento em design 3D. O centro tecnológico oferece uma biblioteca virtual de tecidos, padrões e cores.
O processo faz parte de um projeto iniciado em 2017. Desde então, a marca vem lançando inovações tecnológicas conectadas ao digital showroom, lançado em 2015.
Recentemente, por exemplo, a etiqueta criou a primeira coleção com peças rastreáveis. Os produtos contêm um chip que detecta quando a roupa está em movimento e oferece bônus pelo tempo de uso. Os usuários localizados em lugares estratégicos recebem recompensas, descontos e até uma opção para resgatar pontos.
No futuro, todas as equipes da grife vão receber especialização, incluindo designers, desenvolvedores de estampas, técnicos em ajuste e até vendedores. Vale destacar que, neste ano, Tommy Hilfiger também inaugurou um e-commerce no Brasil.
Colaborou Rebeca Ligabue