Notícias, furos e bastidores de política e economia. Com Gustavo Zucchi e Victoria Abel

Os recados de Guedes à ala política após a crise do Auxílio Brasil

Em conversas com aliados no fim de semana, ministro da Economia avaliou que saiu “mais forte” do embate com ministros políticos

atualizado 25/10/2021 17:52

Paulo Guedes em coletiva de imprensa Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse a aliados e interlocutores, no fim de semana, que acredita ter saído “mais forte” do recente embate com integrantes da ala política do governo envolvendo a articulação para viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400.

Segundo auxiliares, embora tenha cedido à pressão para bancar parte do benefício fora do teto de gastos, Guedes avalia que as sinalizações de apoio dadas a ele pelo presidente Jair Bolsonaro após o episódio teriam dado respaldo ao seu trabalho.

Na avaliação de Guedes, os gestos do presidente da República também teriam ajudado a frear, pelo menos no curto prazo, as articulações para derrubá-lo. “O atentado contra mim falhou”, tem repetido o titular da Economia, segundo interlocutores.

Para Guedes, de acordo com auxiliares, a reação negativa do mercado financeiro aos movimentos da ala política pela sua saída e para viabilizar parte do Auxílio Brasil fora do teto de gastos também seria uma demonstração de força do ministro.

Conspiração

Sentindo-se “mais forte”, Guedes não economiza nas críticas aos colegas de governo nos bastidores. Interlocutores dizem que, em conversas reservadas, ele considera que houve  “conspiração” de ministros do núcleo político para tentar tirá-lo do cargo.

De acordo com auxiliares, Guedes vai além e dispara, nos bastidores, que a “conspiração” partiu de “ministros que não trabalham” e que, na avaliação do atual chefe da equipe econômica, não conseguem entregar um bom trabalho em suas áreas.

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