Parlamentares evangélicos atuam, perante à base evangélica e à imprensa, para tentar explicar o momento considerado por eles como o mais polêmico da sabatina de André Mendonça no Senado, nessa quarta-feira (1º/12): quando ele expôs sua posição sobre o casamento gay.
Logo após o plenário da Casa aprovar a indicação de Mendonça, deputados da Frente Parlamentar Evangélica fizeram questão de explicar que o mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não teria defendido o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo durante a sabatina.

Fala de André Mendonça sobre casamento gay gerou cobrança em WhatsApp de parlamentares com pastores. Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na CCJ do Senado, a indicação de André Mendonça foi aprovada por 18 votos a 9Hugo Barreto/Metrópoles

André Mendonça e Davi Alcolumbre se encontram antes da sabatina no SenadoSidney Lins/Agência Senado

André Mendonça será ministro do STF por 26 anos, até 2047Hugo Barreto/Metrópoles
Na sabatina, ao ser questionado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) sobre o tema, Mendonça afirmou a seguinte frase:
“Como magistrado da Suprema Corte, eu tenho que me pautar pela Constituição. Eu defenderei o direito constitucional do casamento civil das pessoas do mesmo sexo”.
À coluna, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) argumentou que a fala de Mendonça foi “distorcida”. Segundo o parlamentar, não há nada na Constituição que fale sobre casamento homossexual. Portanto, na avaliação do deputado, ao falar em “direito constitucional”, Mendonça não teria defendido o casamento gay.