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A aposta no TCU para o recurso de Janot e Dallagnol

Ex-procuradores Rodrigo Janot e Deltan Dallagnol pretendem recorrer da decisão da 2ª Câmara do TCU que os condenou nesta terça-feira (9/8)

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
TCU Parte externa do Tribunal de Contas da União- Metrópoles
1 de 1 TCU Parte externa do Tribunal de Contas da União- Metrópoles - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Os ex-procuradores Rodrigo JanotDeltan Dallagnol e João Romão decidiram recorrer da decisão da 2ª Câmara Ordinária do TCU que os condenou, nesta terça-feira (9/8), a devolverem R$ 2,8 milhões aos cofres públicos por gastos realizados durante a Operação Lava Jato, da qual eram integrantes.

A aposta, sobretudo de Janot e de Dallagnol, é que o recurso terá efeito suspensivo, ou seja, de suspender a decisão até que haja um novo julgamento. Na avaliação dos ex-procuradores, isso deve manter os direitos políticos deles, permitindo que disputem as eleições de outubro deste ano.

Ministros do TCU avaliam, porém, serem remotas as chances de a Corte reverter a decisão. Eles explicam que, para ter o efeito suspensivo, o caminho seria um “recurso de reconsideração”. Esse tipo de recurso deve ser apresentado à própria 2ª Turma, que condenou os três ex-procuradores por unanimidade nesta terça.

Caso optem por esse caminho, ministro do tribunal ressaltaram à coluna que o efeito suspensivo só entra em vigor após o relator escolhido na 2ª Turma despachar o recurso. Isso abre margem para que o relator demore na análise do efeito suspensivo, para evitar que Janot e Dallagnol disputem as eleições.

A outra opção de recurso seria o “de revisão” e deve ser protocolada no plenário do tribunak. Nesse caso, fontes da área técnica do TCU ressaltam que, segundo o artigo 288 do regimento interno da Corte, esse tipo de recurso não teria o efeito suspensivo desejado e só poderia ser protocolado uma vez no prazo de cinco anos.

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