Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari

Transição vira palanque e ausência de técnicos incomoda ministeriáveis

Ministeriáveis de Lula reclamam que a transição teve de incorporar aliados políticos da campanha e nomes sem experiência administrativa

atualizado 18/11/2022 13:59

Gleisi Hoffmann com líderes de movimentos

Políticos apontados como ministeriáveis do governo Lula estão incomodados com a montagem dos grupos temáticos da transição. A transformação do CCBB em palanque político é a reclamação mais ouvida nesta semana.

Os insatisfeitos afirmam que a transição é fundamental para desenhar o organograma da Esplanada dos Ministérios e que o período pode perder o sentido com a acomodação de tantos aliados políticos da campanha.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anunciou os nomes de 285 colaboradores para a transição, embora a lei só permita a nomeação de 50 para cargos assalariados. A maioria atuará nos grupos técnicos como voluntários.

Além da exorbitante quantidade de indicados políticos, a transição abrigou diversas personalidades sem experiência administrativa. É o caso de Bela Gil, que está no núcleo de Combate à Fome, do ex-jogador Raí, da área de Esportes, e de Margareth Menezes, integrante do grupo da Cultura.

Na visão de petistas que já participaram de outras transições, as contribuições dessas personalidades seriam válidas após o início do governo, com os ministros já nomeados por Lula e aptos a ouvirem ideias. A prioridade, agora, teria de ser a redefinição das pastas e das secretarias a elas subordinadas.

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