Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari

Integrantes do PP querem sigla governista com Bolsonaro ou com Lula

Dirigentes falam abertamente do plano para 2023 ao discutirem a necessidade de ampliar a bancada na Câmara dos Deputados

atualizado 23/10/2021 11:54

Ministro casa Civil, Ciro Nogueira na Câmara dos Deputados após reunião com presidente da Arthur Lira Igo Estrela/Metrópoles

As discussões no PP sobre como aumentar a bancada de deputados na eleição de 2022 têm um claro propósito. Os dirigentes que traçam as estratégias eleitorais do partido afirmam abertamente que precisam superar a marca atual de 42 deputados para que a sigla mantenha a postura governista na próxima legislatura.

Em outras palavras, a direção do PP trabalha com a possibilidade de integrar tanto a base de Bolsonaro quanto a de Lula a partir de 2023.

Dirigentes do PP têm dito que a filiação de Bolsonaro será usada como um ativo para ampliar a bancada da Câmara na próxima eleição. Já o presidente ganhará em troca a estrutura partidária do PP para competir de igual para igual com a máquina petista.

Caso Bolsonaro perca a eleição, o PP entende que terá uma bancada robusta a ponto de oferecer governabilidade a Lula em troca da manutenção da presidência da Câmara.

É por essa razão que Ciro Nogueira tem dado importância quase nula para a eleição de senadores em 2022. Corre a história nos bastidores de que o PP tinha alinhavado a filiação do senador Giordano no início deste segundo semestre. Faltava apenas o aval de Ciro, mas o cacique disse que só assinaria a ficha de filiação se a chegada do senador fosse contribuir de forma decisiva para a eleição de deputados no ano seguinte. Giordano acabou no MDB.

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