CGU quer mudar de sede para ficar mais perto da Esplanada dos Ministérios
Controladoria-Geral da União (CGU) finalizou mudança para o Sudoeste em setembro de 2022
atualizado
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A Controladoria-Geral da União (CGU) está estudando uma mudança da sede para voltar à região central de Brasília, de onde saiu no ano passado, e assim voltar para perto da Esplanada dos Ministérios e do Palácio do Planalto. Seria a segunda troca de endereço num período curto de tempo.
O órgão se mudou ainda no governo Bolsonaro, entre julho e setembro de 2022, para o Sudoeste, região nobre, mas fora do Plano Piloto e distante da Esplanada dos Ministérios. O Edifício Darcy Ribeiro, sede original da CGU, localizada numa área de Brasília em que estão autarquias federais, precisava de reformas estruturais que não poderiam ser feitas com a equipe no local.
Após uma pesquisa de preços, foi escolhida a opção do Sudoeste por ser a mais vantajosa, e assim foi firmado um contrato de aluguel de R$ 290 mil mensais pelo aluguel do espaço por dois anos.
A gestão atual, porém, considera que o edifício para que a CGU se mudou não tem a estrutura adequada para as atividades do órgão.
Está em estudo uma nova mudança, de volta para a região central de Brasília, mais perto da Esplanada dos Ministérios. No léxico de poder de Brasília, a proximidade com a Esplanada e em especial com o Planalto tem importância do ponto de vista político e simbólico.
Questionada pela coluna sobre a justificativa, a CGU afirmou que “a distância entre o atual prédio da CGU e a Esplanada dos Ministérios é a principal justificativa, considerando o deslocamento constante das autoridades e servidores da CGU que precisam participar de reuniões frequentes no Palácio do Planalto e em outros órgãos e entidades que, como se sabe, se concentram na região central de Brasília”.
O prédio usado atualmente fica a cerca de 7 quilômetros do Palácio do Planalto. O local demanda uma conexão de ônibus a mais para quem vem de fora do Plano Piloto e chega pela rodoviária central ou pelo metrô, embora fique a 15 minutos de carro do Planalto, se não houver trânsito.
“A distância da rodoviária e do metrô tem impactado muito o deslocamento dos servidores e terceirizados que dependem do transporte público para se locomoverem”, afirmou o órgão à coluna.
Sobre o edifício em si, o órgão ressalta que ele “apresenta condições limitadas, como ausência de auditório, salas de reuniões adequadas e espaços que comportem a nova estrutura administrativa da CGU”.
Durante o governo Bolsonaro, a União chegou a tentar fazer uma permuta para conseguir um prédio novo para a CGU no centro de Brasília, oferecendo edifícios à iniciativa privada, mas não houve interessados.
Sem a possibilidade de permuta, optou-se por alugar uma nova sede. A pesquisa de preços levantou 15 opções de edifícios para a mudança, com preços que variavam de R$ 25,00/m² a R$ 110,00/m² (próximas da Esplanada) e de R$ 15,07/m² a R$ 40,00/m² (fora do eixo da Esplanada).
A CGU optou pela opção mais barata, de R$ 15,07 por metro quadrado. O custo total da mudança, segundo o órgão, foi de R$ 174,9 mil.
A atual gestão está avaliando opções em prédios públicos e privados para uma nova mudança. Uma possibilidade é um prédio alugado pela Advocacia-Geral da União (AGU) no mesmo setor de autarquias da antiga sede, cujo espaço poderia ser compartilhado com a CGU.
“Como a questão de eventual mudança ainda está em estudo, o orçamento ainda está sendo levantado pela área de Logística da CGU e será obviamente um dos fatores a ser considerado em eventual decisão nesse sentido. Vale lembrar que o valor do aluguel não é o único custo a ser considerado nesse caso, mas também os serviços e facilities devem ser levados em conta na construção do orçamento”, explicou a CGU à coluna.