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Panatenaico: MPF-DF denuncia 12 pessoas por desvios no Mané Garrincha

Eles devem responder por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação

atualizado

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Igo Estrela/Especial para o Metrópoles
Eixo Monumental
1 de 1 Eixo Monumental - Foto: Igo Estrela/Especial para o Metrópoles

Quase um ano depois de deflagrada a Operação Panatenaico, o Ministério Público Federal do DF (MPF-DF) ofereceu três denúncias, nesta sexta-feira (6/4), à 12ª Vara da Justiça Federal. No total, são 12 alvos, que devem responder por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.

Como corre em sigilo, em função dos termos de colaboração de executivos da Andrade Gutierrez que embasaram as investigações, os nomes não foram divulgados. O MPF, entretanto, pediu o fim do segredo de Justiça.

A Panatenaico foi deflagrada em maio de 2017 com o objetivo de apurar irregularidades na reforma do Estádio Mané Garrincha. Na época, a Polícia Federal denunciou 21 pessoas.

Fontes do Metrópoles no MPF-DF informaram que essas são apenas as primeiras denúncias de um longo processo. Casos mais complexos ainda estão sendo analisados. Outros indiciados pela Polícia Federal, além dos 12 já citados, também poderão ser denunciados.

Cartel e propina
O alvo da investigação era a formação de um cartel por várias empreiteiras para burlar e fraudar o caráter competitivo da licitação e assegurar, de forma antecipada, que os serviços e as obras fossem realizadas por consórcio constituído pelas empresas Andrade Gutierrez e Via Engenharia. Como contrapartida, os vencedores teriam pago propina a agentes políticos e públicos.

Foram presos os ex-governadores José Roberto Arruda (PR), Agnelo Queiroz (PT) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), entre outras pessoas. Todos foram soltos uma semana depois da prisão.

Os advogados de defesa dos ex-governadores Arruda, Agnelo Queiroz e de Filippelli, além de Afrânio, afirmaram não ter lido a denúncia. Segundo eles, somente após ter acesso ao documento poderão comentar o caso. O Metrópoles tenta contato com as defesas dos demais denunciados.

Veja fotos da Operação Panatenaico

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A mulher de Agnelo, Ilza Queiroz, e o advogado dele saem da casa do ex-governador, no Setor de Mansões Dom Bosco
Viaturas da Polícia Federal na casa de Agnelo
Agentes estiveram na casa do ex-vice-governador Tadeu Filippelli
Maruska Lima (à direita) ao lado do ex-governador Agnelo Queiroz
Tadeu Filippelli foi levado pela Polícia Federal de sua casa, na QI 17 do Lago Sul
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A operação foi deflagrada em 23 de maio

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A mulher de Agnelo, Ilza Queiroz, e o advogado dele saem da casa do ex-governador, no Setor de Mansões Dom Bosco

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Viaturas da Polícia Federal na casa de Agnelo

Michael Melo/Metrópoles
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Agentes estiveram na casa do ex-vice-governador Tadeu Filippelli

João Gabriel Amador/Metrópoles
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Maruska Lima (à direita) ao lado do ex-governador Agnelo Queiroz

Agência Brasil
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Tadeu Filippelli foi levado pela Polícia Federal de sua casa, na QI 17 do Lago Sul

João Gabriel Amador/ Metrópoles
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Tadeu Filippelli chegando à sede da Polícia Federal

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Filippelli e os demais suspeitos ficaram presos durante oito dias

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Fernando Queiroz, dono da Via Engenharia, na chegada à sede da PF em Brasília: ele está entre os 21 indiciados

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A ex-presidente da Terracap Maruska Lima de Souza Holanda (de bolsa vermelha) também foi presa

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Cláudio Monteiro (de azul), ex-secretário da Copa, foi um dos investigados

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Fernando Márcio Queiroz, presidente da Via Engenharia, é um dos envolvidos no esquema de propina ligado à obra do Estádio Mané Garrincha

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O ex-governador Agnelo Queiroz foi o último a chegar à Polícia Federal no dia da prisão

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Ex-governador Agnelo Queiroz é acusado de receber propina durante obra do Mané Garrincha

Daniel Ferreira/ Metrópoles

As investigações da PF identificaram fraudes e desvios de recursos públicos em obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. Orçada em R$ 600 milhões, a arena brasiliense custou mais de R$ 1,6 bilhão. A estimativa é de desvio de R$ 900 milhões. A operação é decorrência das delações de ex-executivos da Andrade Gutierrez.

Em setembro do ano passado, o Metrópoles mostrou que os procuradores avaliavam a possibilidade de oferecer denúncias separadas. Após a denúncia da Polícia Federal, eles começaram a analisar os depoimentos, laudos periciais e documentos do inquérito.

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