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Um aliado de Renan Calheiros na CBF. É o que pode acontecer em 2022

Não há previsão de data para a eleição, mas, nos bastidores, o alagoano Gustavo Feijó está de olho na cadeira do interino Ednaldo Rodrigues

atualizado

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Lucas Figueiredo/CBF
Assembleia Geral Extraordinária da CBF
1 de 1 Assembleia Geral Extraordinária da CBF - Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A CBF continua com o interino Ednaldo Rodrigues sentado na cadeira de presidente, desde que Rogério Caboclo foi afastado do cargo por assediar sexualmente uma funcionária da entidade. Recorde-se que, numa assembleia realizada em 29 de agosto, os presidentes das federações estaduais decidiram, por unanimidade, suspender Caboclo até março de 2023.

É uma situação exdrúxula, pra dizer o mínimo, porque, pelo que se sabe, Ednaldo não “apita” em nada. Quem  continua mandando na CBF é Marco Polo Del Nero, o cartola suspenso de suas atividades pela Fifa até 2038.

Há uma disputa ferrenha nos bastidores, envolvendo, de um lado as Federações; do outro os clubes das Séries A e B; e, por fim, o Conselho de Administração formado por oito vice-presidentes. Essa turma se digladia pela prerrogativa de colocar a entidade novamente nos trilhos. Por absoluta falta de consenso, dificilmente eles vão conseguir.

Ninguém sabe quando haverá eleição para formalmente substituir Rogério Caboclo. Mas a novidade é que Ednaldo Rodrigues – que foi presidente da Federação Baiana de Futebol por quase duas décadas – terá pelo menos um forte adversário na próxima assembléia.

O alagoano Gustavo Feijó, um dos vices-presidentes, está transitando junto aos dirigentes que têm direito a voto para angariar apoio e tentar assumir a presidência. Feijó já presidiu a Federação Alagoana e foi prefeito da cidade de Boca da Mata (AL) . Ele é um  aliado histórico  do senador Renan Calheiros (MDB).

Como é o Colégio Eleitoral

Pelo modelo atual, tudo leva a crer que a CBF está fadada ao fracasso, e deve repetir os mesmos erros administrativos de toda a sua  existência. O Colégio Eleitoral que vai escolher  o substituto de Rogerio Caboclo é composto pelos presidentes das Federações Estaduais, que têm “peso 3”; os 20 clubes da Série A, que têm “peso 2”; e os 20 clubes da Série B, que têm “peso 1”.

Para entender melhor: as 27 Federações, juntas, somam 81 votos. Os 40  times das séries A e B, juntos, somam 60 votos. Ou seja, quem vai decidir o jogo em qualquer pleito eleitoral  da CBF serão sempre os presidentes das federações.

O que falta acontecer? Falta o Conselho de Administração marcar uma reunião para homologar a punição imposta a Rogério Caboclo. Só depois é que será convocada uma eleição para um mandato tampão, onde apenas  os vices podem concorrer. É nessa disputa que entra Gustavo Feijó, na tentativa de desalojar Ednaldo da cadeira de presidente.

Tudo na CBF tornar-se complicado e nebuloso quando se sabe que as decisões estratégicas são articuladas por esse Conselho de Administração composto pelos vices-presidentes. E esse Conselho é controlado pela mão de ferro de Marco Polo Del Nero, a partir de seu apartamento na Barra da Tijuca, a menos de três quilômetros da sede da entidade.

Enquanto não mudarem o estatuto, o futebol brasileiro parece condenado a conviver com esse nefasto ciclo vicioso. Para sempre.

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